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As 10 capas mais polêmicas da revista Charlie Hebdo, alvo de ataques

Semanário francês, quase todo dedicado a charges, é considerado um veículo de esquerda, mas vive de satirizar os países islâmicos

postado em 07/01/2015 17:00
Charges nas capas da revista satírica francesa Charlie Hebdo com ironias a figuras muçulmanas levantam polêmica desde o atentado terrorista aos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001. Dois meses depois da queda das Torres Gêmeas, o semanário publicou uma caricatura de Osama Bin Laden, retratado zombando do ataque. Desde então, piadas com a cultura e imigrantes de países islâmicos - maioria entre os que se mudam para a França - têm irritado grupos e autoridades muçulmanas.

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Apesar de a Charlie Hebdo ser considerada uma publicação de esquerda - o que, na França, significa maior apoio à questão dos imigrantes de países que seguem o Islã -, chargistas, em alguns casos, deixaram claro posicionamento contrário à abertura da nação à cultura árabe-muçulmana. Em uma dessas charges, a revista se manifestou favorável à proibição do uso de burca - véu que cobre todo o corpo da mulher islâmica - no país.

Sátiras e charges não se restringem a páginas ou colunas nos maiores jornais da França. Além da Charlie Hebdo, outras publicações exclusivamente satíricas são facilmente encontradas nas bancas francesas. A principal delas, o jornal Le Canard Encha;né, vendeu em média 399.567 por semana em 2013, ano do último levantamento - no mesmo ano, o Le Nouvel Observateur, principal semanário francês, teve comercialização média de 519.145. Além de charges e piadas, tais publicações exibem questões da política e economia francesa em reportagens com tom humorístico.

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