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Curada, enfermeira britânica diagnosticada com ebola deixa hospital

Pauline Cafferkey foi diagnosticada em Glasgow, na Escócia, em 29 de dezembro, após deixar Serra Leoa, onde trabalhava como enfermeira

Agência France-Presse
postado em 24/01/2015 17:14
Pauline Cafferkey deixou o hospital onde estava internada desde o final de dezembro, em Londres
A enfermeira britânica contaminada pelo vírus ebola, Pauline Cafferkey, deixou o hospital onde estava internada desde o final de dezembro, em Londres, após ter se "restabelecido completamente" - informou o Royal Free Hospital neste sábado, em comunicado. "Estou apenas feliz de estar viva. Ainda não me sinto 100% bem, pois estou fraca, mas não vejo a hora de voltar para casa", declarou a enfermeira de 39 anos, agradecendo toda a equipe médica responsável por seu tratamento.

Pauline Cafferkey "se restabeleceu completamente e não leva mais o vírus que ela contraiu enquanto ajudava pacientes contaminados pelo ebola em Serra Leoa", explicou o hospital. "Estamos felizes que Pauline tenha se recuperado e esteja em boas condições de saúde para voltar para casa", disse Michael Jacobs, médico responsável pelos cuidados à enfermeira.

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Pauline foi diagnosticada em Glasgow, na Escócia, em 29 de dezembro, após deixar Serra Leoa, onde trabalhava como enfermeira num centro britânico em Kerry Town, para a organização Save the Children. Ela foi transferida para o Royal Free Hospital, que anteriormente tratou com sucesso o enfermeiro britânico William Pooley, também vítima do vírus ebola em Serra Leoa.

Colocada em isolamento, ela não pode receber o composto ZMapp, droga experimental administrada em diversas pessoas infectadas pelo ebola, mas que não estava "mais disponível atualmente", segundo o hospital. Pauline aceitou receber plasma de um sobrevivente da febre hemorrágica, além de se submeter a um tratamento antiviral experimental.

Ela viu seu estado de saúde se deteriorar e ficou em estado crítico durante mais de uma semana. Em 12 de janeiro, o hospital anunciou que ela já não estava mais em estado crítico, embora continuasse na unidade de isolamento para receber tratamentos específicos. O vírus ebola, uma verdadeira praga na África ocidental em 2014, começou sua fase de retrocesso nos três países mais afetados (Libéria, Guiné e Serra Leoa), onde o número de novos casos caiu em janeiro ao seu menor nível desde agosto.

Segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia matou 8.688 pessoas de um total de 21.759 casos.

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