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Brasileiro condenado à morte na Indonésia faz exame psicológico

Segundo a embaixada do Brasil em Jacarta, Rodrigo Gularte é bem tratado na prisão e conta com ajuda diplomática

postado em 09/02/2015 15:35
Rodrigo Gularte pode ser internado em um hospital psiquiátrico se for comprovada a doença mental
Rodrigo Gularte, brasileiro condenado à morte na Indonésia faz exames psicológicos nesta terça-feira (9/2), na tentativa de obter um laudo de autoridades do país que constate a esquizofrenia. A informação é de Cleverson Teixeira, advogado e amigo da família.

A mãe de Rodrigo, Clarisse Muxfeldt Gularte, deixou o Brasil nesse domingo (8/2), com uma prima do rapaz, para acompanhar o processo. Angelita Muxfeldt, outra familiar do brasileiro, está na Indonésia há alguns dias. Ela e o ministério das Relações Exteriores (MRE) conseguiram, após várias tentativas, marcar o exame psicológico oficial.

De acordo com a lei local, Rodrigo poderia ser internado em um hospital psiquiátrico, em vez de ser executado, se comprovada a doença mental. O brasileiro foi preso em 2004 tentando entrar no país com 6 quilos de cocaína dentro de pranchas de surfe. A família dele tenta impedir a execução.

[SAIBAMAIS]Fila da morte
O nome de Rodrigo apareceu em uma lista - divulgada no fim de janeiro - de 11 prisioneiros que serão executados pelo governo da Indonésia. As autoridades já preparam a prisão na ilha de Nusakambangan, em Cilacap, onde deve ocorrer a execução, em fevereiro.

Segundo a embaixada do Brasil em Jacarta, Gularte é bem tratado na prisão e conta com ajuda diplomática, bem como de familiares que se encontram no país. A presidente Dilma Rousseff afirmou que o fuzilamento do brasileiro afetará mais ainda a relação diplomática entre os dois países.

Marco Archer, outro brasileiro condenado à morte por tráfico na Indonésia foi executado em janeiro, mesmo com o apelo feito diretamente por Dilma ao presidente indonésio Joko Widodo. A Indonésia tem 133 presos no corredor da morte, 57 deles por tráfico de drogas, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.

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