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Papa Francisco quer Igreja Católica de portas abertas no Norte da África

Pontífice ressalta a importância de acolher os fieis e pregou a necessidade de diálogo interreligioso.

postado em 02/03/2015 17:57
O papa Francisco dirigiu-se hoje (2) às igrejas católicas do Norte da África e recomendou que evitem o proselitismo e acolham a todos os fiéis para demonstrar que são comunidades ;de portas abertas;.

;Acolhendo a todos com benevolência, sem proselitismo, as vossas comunidades demonstram ser uma Igreja de portas abertas;, disse, diante dos bispos da Conferência Episcopal da Região do Norte da África, durante visita ad limina.

A visita ad limina apostolorum (visita aos túmulos dos apóstolos) é uma obrigação dos bispos diocesanos e outros prelados da Igreja Católica irem ao papa e aos túmulos dos apóstolos São Pedro e São Paulo, a cada cinco anos.

O papa lembrou aos prelados da Argélia, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental e Tunísia, que representam ;uma periferia;, e agradeceu-lhes pelo trabalho de cada um, apesar das ;explosões de violência; registradas na região, especialmente na Líbia.

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;O Norte da África, há anos, converteu-se numa terra de conquista de maior liberdade de consciência, de dignidade e, ao mesmo tempo, num campo de batalha para quem as mudanças se impõem brandindo as armas;, disse.

Por esta razão, agradeceu pelo trabalho da Igreja na Líbia, pela ;coragem, lealdade e perseverança; que demonstrou o seu clero - consagrados e laicos - ao permanecer na região, ;apesar dos múltiplos perigos;.

;Eles são testemunhas autênticas do evangelho. Agradeço-os muito e animo-os a continuar com seus esforços a favor da paz e reconciliação em toda a região;, assinalou o papa.

Francisco voltou a advogar pelo diálogo interreligioso, para ;construir onde muitos destroem;.

;A caridade é capaz de abrir numerosos caminhos para levar o evangelho às culturas e aos mais diversos contextos sociais;, afirmou o papa. ;O antídoto mais eficaz contra cada forma de violência é a educação na descoberta da aceitação e das diferenças como riqueza e fecundidade;, acrescentou.

Por esta razão, disse aos bispos ser ;essencial; que, nas suas dioceses, ;os sacerdotes, religiosos e leigos estejam próximos do diálogo ecumênico e interreligioso;.

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