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Netanyahu discursa perante o Congresso americano a convite da oposição

O Primeiro-ministro visitou Washington reiterando oposição a acordo nuclear com o Irã

postado em 03/03/2015 06:05

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de IsraelDirigentes políticos dos Estados Unidos e do Oriente Médio aguardam com expectativa tensa o discurso que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fará hoje no Congresso americano, com o propósito de questionar as negociações sobre o programa nuclear iraniano, que podem resultar em um dos mais importantes acordos internacionais das últimas décadas. Enquanto o premiê atacava a iniciativa, em Washington, argumentando que ela ameaça a sobrevivência de Israel, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, reunia-se na Suíça com o chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif, para dar continuidade ao processo. Falando para 16 mil delegados a um encontro da principal organização política judaico-americana, Netanyahu minimizou o impacto das diferenças para a ;aliança duradoura; entre os dois países. Mas o presidente Barack Obama, que não receberá o visitante, reiterou que o pronunciamento poderá interferir na reta final da campanha eleitoral em que o premiê luta por mais um mandato.

A visita ficou marcada pelo mal-estar em torno do convite feito a Netanyahu pelo presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, principal expoente da oposição republicana ; que, desde janeiro, controla ambas as casas do Congresso. O líder israelense ignorou um pedido de Obama para que esperasse as eleições, mas começou a visita de 48 horas comparando a relação bilateral a ;uma família; que supera as diferenças e se fortalece.

;Não vim mostrar desrespeito a Obama;, disse o premiê na conferência anual do Comitê Americano-Israelense de Assuntos Públicos (Aipac). ;Apesar de discordâncias pontuais, a amizade entre os EUA e Israel se reforça década após década e suportará o desacordo do momento para se fortalecer ainda mais no futuro;, continuou , sob aplausos. Netanyahu não entrou em detalhes sobre suas restrições ao possível acordo com o Irã, mas invocou uma vez mais a ameaça que representa para Israel a posse de armas nucleares pelo regime islâmico: ;Tenho a obrigação moral de me manifestar sobre esse perigo enquanto ainda há tempo de evitá-lo;.


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