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Francesa cria perfume para resgatar "cheiro de falecidos queridos"

A partir de uma peça de roupa, a empresa pretende comercializar um vidro de perfume com a essência da pessoa ao preço de 500 euros

postado em 05/05/2015 14:31
Poderia ser a sinopse de um filme macabro de Almodóvar, mas é a promessa de uma empresa francesa: não precisa mais procurar roupas esquecidas, ainda este ano será possível guardar o cheiro do seu ex-namorado ou namorada nos 200 ml de um frasco de perfume. ;É uma necessidade para mim, assim como de muitas pessoas sensíveis ao odor;, explica, em entrevista ao Correio, a dona da ideia, Katia Apaletegui. Ela defende que o objetivo é ;simplesmente reconfortar".

A ideia surgiu de uma forma ainda mais macabra, após o falecimento do pai de Apaletegui, há seis anos. Acostumada com os característicos "cheiro de cachorro e da colônia Fahrenheit", fotos e vídeos não eram suficientes. A francesa de 52 anos tinha uma saudade específica e quis guardá-la em um frasco.

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Do luto, Apaletegui criou a marca Kalain ; termo que remete a ;câlin;, carinho, ao mesmo tempo que é a mistura entre os nomes de Katia e do marido Alain. A empresa promete fabricar e armazenar o cheiro do bem-amado, com apenas uma peça de roupa. No caso de Apaletegui, foi uma fronha guardada do pai. Tudo isso estará disponível a partir de setembro, pela bagatela de 500 euros. Saudade custa caro.

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Apaletegui começou a saga para tirar algo de positivo da tristeza. O único problema seria, obviamente, a tecnologia para isso. Logo, foi na Universidade Havre que encontrou especialistas em química molecular para tornar possível o ;perfume; de seu pai.

A produção dos perfumes não custará pouco. Kalain recebeu o apoio da incubadora pública francesa Seinari. A tecnologia está pronta, falta apenas organizar a comunicação e últimos aspectos administrativos. Assim, até setembro, se os planos se concretizarem, namorados grudendos e filhos em luto poderão "cheirar" seus amados para sempre.

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