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Exército do Egito matou mais de 240 combatentes jihadistas no Sinai

Autoridades informam que a lista inclui jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) que realizaram ataques na semana passada

Agência France-Presse
postado em 06/07/2015 11:44
Cairo, Egito - O exército egípcio anunciou nesta segunda-feira (6/7) ter matado 241 combatentes no Sinai entre 1; e 5 de julho, incluindo jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) que realizaram ataques na semana passada. Em 1; de julho, jihadistas do EI realizaram violentos ataques nas cidade de Sheik Zuweid, no norte do Sinal, cenário de habituais ataques de, quando foram assassinadas dezenas de pessoas.

O exército informou que 21 soldados morreram nos ataques e depois vários meios de comunicação informaram sobre perdas mais elevadas entre suas fileiras. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo porta-voz do exército egípcio em seu Facebook, as tropas mataram 241 militantes entre 1o e 5 de julho. Foram presos quatro combatentes procurados pelas autoridades e 29 supostos militantes.

[SAIBAMAIS]Além disso, foram detonadas 16 bombas, enquanto 26 carros e 28 motos pertencentes a militantes foram destruído no mesmo período. Os militares também postaram fotos dos combatentes mortos. No fim de semana, o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, garantiu que a situação era "estável" no Sinai, onde fez uma visita surpresa três dias após uma série de atentados mortais do E). "Dizer que tudo está sob controle não é suficiente. A situação é completamente estável", disse Sissi em um discurso no norte do Sinai.

Confrontos sem precedentes foram registrados na quarta-feira na cidade de Sheikh Zouweid entre soldados do exército e combatentes do braço sírio do EI no Egito, que lançou uma série de ataques contra postos militares. O exército informou a morte de 17 soldados e de 100 jihadistas na violência. Mas as autoridades já haviam anunciado a morte de 70 soldados e civis.



Repressão
Os ataques jihadistas aumentaram no norte do Sinai desde que Sissi, então chefe do exército, depôs o presidente islamita Mohamed Mursi, em 3 de julho de 2013. Para os jihadistas, é uma resposta à violenta repressão das autoridades após a queda de Mursi, com o resultado de ao menos 1.400 mortos e milhares de presos.

O chefe de Estado explicou que o objetivo dos ataques de quarta-feira era marcar o aniversário da destituição de Mursi e "anunciar a criação de uma província islâmica no Sinai", mas que o "complô falhou". "O Sinai possui 60 mil quilômetros quadrados. Rafah, Sheikh Zouweid e Al-Arish, não representam nem 5% de sua área", acrescentou Sissi.

Apesar das declarações do presidente, seguem na região confrontos esporádicos entre as tropas regulares e os jihadistas. Na madrugada de sábado, três civis, incluindo duas crianças, morreram na queda de um morteiro em um casa em Sheikh Zouweid. Também no sábado, um menino de 5 anos foi morto na explosão de uma bomba escondida na beira de uma estrada em Rafah, na fronteira com a Faixa de Gaza palestina.

A maioria dos ataques mortais nos últimos meses foram reivindicados pelo grupo "Província do Sinai", braço do EI no Egito.

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