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Imagens de saque em avião que caiu na Ucrânia chocam Austrália

Combatentes - armados e com uniforme camuflado - foram flagrados remexendo malas e objetos no solo

Agência France-Presse
postado em 17/07/2015 07:59
Sydney, Austrália - A ministra australiana das Relações Exteriores, Julie Bishop, manifestou nesta sexta-feira (17/7) seu espanto com imagens que revelariam o saque - por parte de separatistas pró-Rússia - das bagagens dos passageiros mortos na queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines abatido sobre a Ucrânia.

Equipes militares de resgate vasculham área em busca de corpos e destroços: avião seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur quando foi derrubado, com 298 pessoas a bordo

O jornal Sydney Daily Telegraph publicou em seu site um vídeo do saque, por ocasião do primeiro aniversário da tragédia ocorrida no dia 17 de julho de 2014, quando o avião que seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur foi derrubado com 298 pessoas a bordo, a maioria holandeses, mas também 38 australianos ou residentes no país.

[SAIBAMAIS]O vídeo revela a consternação dos separatistas ao perceber que se tratava de um avião comercial, mas também mostra os combatentes - armados e com uniforme camuflado - remexendo malas e objetos no solo.

Segundo o jornal, é possível identificar claramente um homem com um escudo da autoproclamada República Popular de Donetsk. "Sem dúvida, (o vídeo) é coerente com as informações dos servições de inteligência que recebemos há doze meses, de que o voo MH17 da Malaysia Airlines foi derrubado por um míssil terra-ar", disse a chefe da diplomacia australiana.



De acordo com o jornal, as imagens obtidas esta semana saíram clandestinamente da base dos rebeldes em Donetsk e foram gravadas pelos próprios separatistas, que acreditavam ter derrubado um avião militar ucraniano.

O Boeing 777 foi derrubado em uma zona próxima ao front das forças ucranianas e dos separatistas pró-Rússia. Kiev e os países ocidentais acusam os separatistas pró-Rússia de utilizar um míssil terra-ar Buk, entregue pela Rússia, para derrubar o avião. Moscou nega a acusação e atribui a tragédia aos militares ucranianos.

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