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Soldados americanos chegam à Síria para apoiar forças curdas

Os soldados americanos terão como missão "planejar" ofensivas contra duas cidades nas mãos do EI

Agência France-Presse
postado em 26/11/2015 16:24
Beirute, Líbano - Soldados americanos chegaram à cidade de Kobane, no norte da Síria, para treinar e apoiar combatentes curdos, prevendo novas ofensivas contra o grupo Estado Islâmico (EI) - informaram fontes curdas nesta quinta-feira (26/11).

Os soldados americanos terão como missão "planejar" ofensivas contra duas cidades nas mãos do EI: Jarablus e Raqa, no norte, relatou à AFP uma fonte das Unidades de Proteção do Povo Curdo, a principal milícia curdo-síria.

Um ativista em Kobane, Mustafá Abdi, confirmou a entrada desses instrutores americanos "nas últimas horas".

O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, anunciou "a chegada de mais de 50 instrutores americanos no norte e nordeste da Síria". Abdel Rahman afirmou que 30 "estavam atualmente em Kobane", e os outros, na província de Hasake, mais a leste.



O ativista completou que os americanos chegaram em dois grupos, nos últimos dias, procedentes da Turquia e do Curdistão iraquiano.

"Devem se reunir em Kobane para treinar as Forças Democráticas da Síria (FDS)", formadas por facções árabes e curdas, completou.

No mês passado, os Estados Unidos anunciaram que queriam enviar à Síria dezenas de soldados de suas forças especiais. No domingo, Brett McGurl, enviado especial do presidente americano para a coalizão internacional contra o grupo EI, havia informado que os soldados chegariam "muito em breve" à região.

Sua tarefa é "organizar" as forças locais que combatem o EI no norte da Síria, declarou o diplomata.

Trata-se da primeira mobilização oficial das forças americanas em terra na Síria, desde o início do esforço de guerra internacional contra o EI.

Os soldados americanos prestaram apoio a uma coalizão árabe-curda composta pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo, grupos árabes e cristãos assírios.

Estas forças locais curdas e árabes já "realizaram uma operação muito bem-sucedida", mediante a qual retomaram mais de 1.000 quilômetros quadrados de território no norte da Síria e "mataram cerca de 300 combatentes do grupo Estado Islâmico", segundo McGurk.

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