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Presidente Macri assegura que sua operação em 'Panama Papers' foi legal

O caso envolve centenas de argentinos, entre eles empresários próximos ao kirchnerismo

Agência France-Presse
postado em 04/04/2016 19:09

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, defendeu nesta segunda-feira (4/4) a legalidade de uma operação para criar uma firma e que figura nos chamados "Panama Papers", uma investigação jornalística sobre manobras em paraísos fiscais.

"No que compete a mim, é uma operação legal feita por outra pessoa, constituindo uma sociedade ;offshore; para investir no Brasil", indicou o líder em declarações ao programa Voz y Voto da televisão de Córdoba (centro do país).

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Nos vazamentos obtidos pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), Macri aparece como diretor da firma Fleg Trading Ltd., que estaria registrada nas Bahamas com a participação de seu pai e seu irmão.

"O investimento não foi feito. Fui nomeado como diretor por meu pai em 1998. A sociedade deixou de operar em 2008 porque o investimento não foi feito", disse o chefe de Estado.

A oposição lhe havia pedido que esclarecesse publicamente sua situação, que figura nos "Panama Papers", como é denominado o escândalo mundial após um vazamento do escritório de advogados Mossack Fonseca, no Panamá, especializado em criar empresas em paraísos fiscais.

O caso envolve centenas de argentinos, entre eles empresários próximos ao kirchnerismo.

Macri não mencionou ao canal quem era a pessoa interessada no investimento.

"Está tudo perfeito. Não há nada estranho nessa operação. Foi declarada ante a DGI (antiga repartição de impostos) por meu pai, que o fez com recursos genuínos", indicou Macri.

O presidente afirmou que "há algo positivo e que vivemos em um mundo que avança cada vez mais para a transparência, cada vez há mais conhecimento público de informação, que antes era de difícil acesso".

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