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Fracassa teste de míssil da Coreia do Norte, disse o exército sul-coreano

Este é o segundo teste fracassado de um Musudan em menos de uma semana, mas especialistas avaliam que o míssil pode estar operacional no início do próximo ano

Agência France-Presse
postado em 20/10/2016 08:52
Seul, Coreia do Sul - A Coreia do Norte realizou nesta quinta-feira (20/10) o que parece ter sido um novo teste de míssil de médio alcance, capaz de atingir as bases americanas na ilha de Guam, no Pacífico Norte, anunciou o Exército sul-coreano, acrescentando que o tiro fracassou. Segundo análises das forças sul-coreanas e americanas, o míssil explodiu logo após o lançamento, às 06H30 local (20H00 Brasília de quarta-feira), informou o Estado-Maior Conjunto em Seul.

"Nossas Forças Armadas condenam com firmeza as ações provocadoras contínuas da Coreia do Norte e estão preparadas para a eventualidade de novas provocações", prossegue o comunicado. O míssil [SAIBAMAIS]testado foi um Musudan, apresentado pela primeira vez na Coreia do Norte em outubro de 2010, durante uma parada militar. O Musudan tem alcance de entre 2.500 e 4.000 km, com capacidade para atingir alvos na Coreia do Sul e no Japão, além de Guam.

Este é o segundo teste fracassado de um Musudan em menos de uma semana, mas especialistas avaliam que o míssil pode estar operacional no início do próximo ano. O teste precedente ocorreu no sábado, e foi denunciado pelo Conselho de Segurança da ONU, que debate atualmente novas sanções contra Pyongyang pelo quinto teste nuclear realizado pelo regime norte-coreano, no mês passado.

Em 2016 Pyongyang realizou oito testes de míssil, e apenas um teve sucesso, em junho, quando o vetor percorreu 400 km e caiu no Mar do Japão. O tiro de junho foi elogiado pelo líder norte-coreano, Kim Jong-Un, como um sucesso absoluto e prova da capacidade da Coreia do Norte para atacar bases americanas no Pacífico.



Analistas militares americanos acreditam que um teste bem sucedido do Musudan ajudaria a Coreia do Norte a desenvolver um míssil balístico intercontinental capaz de alcançar o território dos Estados Unidos até 2020. "Se continuarem neste ritmo, o míssil (...) poderá estar operacional no próximo ano, muito antes do que pensávamos", escreveu recentemente John Schilling, engenheiro aeroespacial, no site 38 North do Instituto Coreano-Americano da Universidade John Hopkins.

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