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Naufrágio deixa 8 mortos e vários desaparecidos no Mediterrâneo

Um navio da Guarda Costeira italiana encontrou sete mortos em um bote, enquanto a ONG Moas encontrou um morto em outro, onde os sobreviventes relataram "muitos desaparecidos"

postado em 22/11/2016 14:34

Roma, Itália - Pelo menos oito migrantes foram encontrados mortos durante as operações que permitiram o resgate de mais de 1.200 pessoas ao largo da costa da Líbia, e muitos outros estão desaparecidos, informaram nesta terça-feira a Guarda Costeira italiana e ONGs.

Um navio da Guarda Costeira italiana encontrou sete mortos em um bote, enquanto a ONG Moas encontrou um morto em outro, onde os sobreviventes relataram "muitos desaparecidos".

Estes novos dramas acontecem numa semana marcada por um balanço de pelo menos 18 mortos e 340 desaparecidos no Mediterrâneo, que se somam as 4.655 vítimas de naufrágios neste ano, de acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

No total, as equipes de resgate socorreram 11 barcos improvisados %u200B%u200Bentre segunda e terça-feira, incluindo uma embarcação de madeira com entre 450 e 500 pessoas a bordo.


Depois de participar de várias operações a bordo do navio Responder, as equipes de resgate do Moas descobriram esta manhã um boto parcialmente afundado, com dezenas de pessoas que passaram várias horas na água.

"Os médicos conseguiram reanimar várias pessoas que estavam com hipotermia, mas para uma, já era tarde demais", disse à AFP Maria Teresa Sette, porta-voz do Moas.

Em estado de choque, os sobreviventes relataram ter visto muitos dos seus companheiros de viagem se afogar, mas ainda não foi possível determinar o número de desaparecidos.

De acordo com a Cruz Vermelha italiana, que presta assistência médica a bordo do Responder, os sobreviventes disseram que eram sírios, palestinos, sudaneses, libaneses... Entre eles, uma menina que perdeu a mãe.

"O trabalho de resgate é muito mais complexo este ano. Há uma corrida da parte dos contrabandistas para enviar os migrantes no menor barco possível, como uma verdadeira roleta russa", denunciou Sette.

Por France Presse

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