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Hollande, Merkel e Putin conversam sobre Ucrânia e Síria

Para Hollande, os acordos sobre o processo de paz na Ucrânia, assinados em Minsk em fevereiro de 2015, continuam sendo "a única via de solução pacífica da crise na Ucrânia"

Agência France-Presse
postado em 18/01/2017 19:44

O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, conversaram nesta quarta-feira (18/1) com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre um cessar-fogo na Ucrânia e o conflito sírio, informou a Presidência francesa.

Durante a ligação, o chefe de Estado francês "insistiu na necessidade de que o cessar-fogo (na Ucrânia), cujo início foi decretado em 24 de dezembro, seja implementado de forma possível, total e duradoura".

Hollande "também recordou a urgência de avançar em questões humanitárias: libertação de prisioneiros e restabelecimento completo do abastecimento de água", continuou a Presidência francesa. Hollande disse o mesmo para o presidente ucraniano, Petro Poroshneko, na segunda-feira (16/1), durante ligação para Angela Merkel.

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Para Hollande, os acordos sobre o processo de paz na Ucrânia, assinados em Minsk em fevereiro de 2015, continuam sendo "a única via de solução pacífica da crise na Ucrânia".

Desde abril de 2014, a Ucrânia vive um conflito que já deixou mais de 9.600 mortos. No fim de dezembro, entrou em vigor uma nova trégua "ilimitada" entre os rebeldes pró-Rússia e o Exército ucraniano, no leste do país, que se acusam mutuamente de violar o frágil cessar-fogo.

Sobre a Síria, a Presidência francesa considera que a reunião de Astana em 23 de janeiro não deve ser mais do que uma "etapa até a retomada das negociações em Genebra promovidas pelas Nações Unidas".

O presidente francês pediu "respeito ao cessar-fogo" e uma "plena representação da oposição síria" em Astana.

O grupo rebelde sírio mais importante, o Ahrar al-Sham, anunciou nesta quarta-feira que se recusa a participar das negociação na capital do Cazaquistão, denunciando violações do cessar-fogo por parte do governo de Bashar al-Assad.

Emissários de Damasco e rebeldes sírios deveriam manter um diálogo direto em Astana, apadrinhados por Rússia, Irã e Turquia.

Se o encontro for bem sucedido, poderá abrir caminho para negociações promovidas pela ONU em 8 de fevereiro, em Genebra.

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