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'Fraude da FN francesa' teria custado 5 bilhões de euros à Europa

A estimativa anterior do Parlamento, de setembro de 2015, calculava o prejuízo em 1,9 milhão de euros

Agência France-Presse
postado em 27/04/2017 07:41
Paris, França - O Parlamento Europeu calcula em cinco milhões de euros o prejuízo com os salários recebidos pelos assistentes parlamentares do partido de extrema-direita francês Frente Nacional (FN) entre 2012 e 2017, supostamente de forma fraudulenta, afirmaram fontes próximas à investigação. A estimativa (4.978.122 de euros em 21 de abril) é o valor atualizado após a descoberta de "novos elementos" nos últimos meses e poderia aumentar, escreveu o advogado da Eurocâmara aos juízes responsáveis pelo caso, segundo uma das fontes. Procurado pela AFP, Patrick Maisonneuve confirmou a informação.


A estimativa anterior do Parlamento, de setembro de 2015, calculava o prejuízo em 1,9 milhão de euros. No total, 17 eurodeputados do partido de extrema-direita francês estão sendo investigados, incluindo Marine Le Pen, que disputará o segundo turno da eleição presidencial francesa. "Constato que estas violações do sigilo de instrução seguem uma agenda perfeita", afirmou o advogado de Marine Le Pen, Rodolphe Bosselut.

Le Pen considera que esta investigação é uma "operação política para interferir na eleição presidencial". A justiça investiga se Le Pen e outros eurodeputados da FN pagaram com fundos europeus os assistentes parlamentares que na realidade trabalhavam para o partido na França. A candidata à presidência se nega a responder qualquer intimação judicial durante a campanha eleitoral, por considerar que este período "não permite a neutralidade nem a serenidade necessárias para o funcionamento correto da justiça".

Protegida por sua imunidade de eurodeputada, ela não pode ser obrigada a comparecer à polícia nem ser submetida a qualquer medida coercitiva. A assembleia começou a reter parte de seu salário para obter a devolução da quantia. Le Pen disputará o segundo turno da eleição presidencial francesa em 7 de maio contra o centrista Emmanuel Macron.

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