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Príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, é hospitalizado

A notícia de sua hospitalização foi divulgada alguns minutos antes de a rainha pronunciar o tradicional discurso no Parlamento, que neste caso inaugura a legislatura após as eleições de 8 de junho

Agência France-Presse
postado em 21/06/2017 08:43
Philip de Edimburgo anunciou em maio sua aposentadoria dos eventos públicos, após sete décadas de serviço à Coroa

O príncipe Philip, de 96 anos, marido da rainha Elizabeth II da Inglaterra, foi hospitalizado como "medida de precaução" para tratar uma infecção, anunciou nesta quarta-feira (21/6) o Palácio de Buckingham. A infecção é consequência de uma "condição preexistente", informou o Palácio. A internação aconteceu na terça-feira (20/6) à noite.

Philip de Edimburgo anunciou em maio sua aposentadoria dos eventos públicos, após sete décadas de serviço à Coroa. A notícia de sua hospitalização foi divulgada alguns minutos antes de a rainha pronunciar o tradicional discurso no Parlamento, que neste caso inaugura a legislatura após as eleições de 8 de junho.

Normalmente, Philip acompanha a rainha durante a leitura do discurso preparado pelo governo, que apresenta as principais políticas para o ano. O duque de Edimburgo, que ostenta o recorde de longevidade entre os príncipes consortes britânicos, se casou com Elizabeth II em 20 de novembro de 1947, cinco anos antes da rainha assumir o trono.

[SAIBAMAIS]Atualmente segue vinculado a 780 fundações como patrono, presidente ou membro. Tataraneto da rainha Victoria como a própria Elizabeth, e de ascendência alemã, o duque nasceu em 10 de junho de 1921 na ilha grega de Corfu, como príncipe da Grécia e da Dinamarca, quinto filho e único homem da princesa Alice de Battenberg e do príncipe Andrew da Grécia.

Desde que a esposa chegou ao trono em 1952, o duque de Edimburgo compareceu a mais de 22.000 compromissos públicos e participou em 637 visitas ao exterior de modo solitário. O casal tem quatro filhos - Charles, Anne, Andrew e Edward - oito netos e cinco bisnetos.



;Rocha; da rainha
O príncipe Philip, conhecido por sua franqueza, foi o apoio inabalável da rainha nas últimas sete décadas. "É minha rocha. Tem sido minha força e minha âncora", declarou, em 2011, Elizabeth II, pouco inclinada a demonstrações de afeto em público.

Philip e Elizabeth se casaram em 20 de novembro de 1947, cinco anos antes de sua esposa ser proclamada rainha. Se ela ostenta o recorde de longevidade no trono, ele é o príncipe consorte que serviu por mais tempo. Como tal, passou a vida inteira andando dois passos atrás dela.

Alto, magro e empertigado, poucos usaram os ternos de Savile Row com a mesma elegância. Afastado quando o protocolo exigia, Philip assumiu seu papel secundário no reinado nos melhores e piores momentos. Segundo admitiu, foram muitos anos tateando e aprendendo a encontrar seu lugar à sombra da rainha e no coração dos britânicos, e no fim conseguiu um alto índice de popularidade, como sua esposa.

Um tribo de Vanuatu chegou a venerá-lo como divindade ligada aos espíritos do vulcão Yasur. Aos 18 meses foi retirado, dentro de uma caixa de laranjas, em um barco britânico com o resto de sua família quando a república helênica foi proclamada e seu tio, o rei Constantino I - avô da rainha Sofia da Espanha - teve que se exilar.

Depois de encontrar refúgio perto de Paris, seu pai começou a frequentar os cassinos de Montecarlo e a mãe, depressiva, se refugiou em um convento. Philip tinha 10 anos. Deixado com parentes distantes, estudou em colégios na França, Alemanha e Grã-Bretanha até ser enviado para um austero internato escocês. Ingressou posteriormente na Marinha Real britânica e participou ativamente nos combates durante a Segunda Guerra Mundial no Oceano Índico e no Atlântico.

Era um jovem de 18 anos quando conheceu Elizabeth, antes da guerra. Lilibeth, como era chamada por sua mãe, tinha 13 anos e se apaixonou. Os dois se casaram oito anos depois, em 20 de novembro de 1947. Philip, nomeado duque de Edimburgo, teve que renunciar aos seus títulos de nobreza anteriores e a sua religião ortodoxa, convertendo-se à Igreja Anglicana. Em fevereiro de 1952, a morte prematura de seu sogro, o rei George VI, marcou o fim de sua carreira de oficial na Marinha e deu início ao período como príncipe consorte.

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