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Brasil rejeita uso da força para restaurar democracia na Venezuela

Na nota, o Itamaraty lembra que o Mercosul tomou a decisão de suspender a Venezuela no último dia 5 de agosto

Agência Estado
postado em 12/08/2017 14:47
Na nota, o Itamaraty lembra que o Mercosul tomou a decisão de suspender a Venezuela no último dia 5 de agosto
O governo brasileiro rejeita o uso da força como instrumento para restaurar a democracia na Venezuela, afirma nota divulgada há pouco pelo Ministério das Relações Exteriores. "O repúdio à violência e a qualquer opção que envolva o uso da força é inarredável e constitui base fundamental do convívio democrático, tanto no plano interno como no das relações internacionais", diz o documento.

Embora não faça uma referência direta, a nota coincide com a declaração dada ontem pelo ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, ao ser questionado sobre o fato de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter aventado a possibilidade de usar a "opção militar" contra o governo de Nicolás Maduro. "Não apoiamos intervenção militar", afirmou. "O tempo do big stick já passou. Nosso caminho é o da diplomacia, da política, da negociação."

Na nota, o Itamaraty lembra que o Mercosul tomou a decisão de suspender a Venezuela no último dia 5 de agosto por considerar que o governo de Nicolás Maduro rompeu com os compromissos democráticos previstos no Protocolo de Ushuaia. "Desde então, aumentaram a repressão, as detenções arbitrárias e o cerceamento das liberdades individuais", diz a nota. "As medidas anunciadas pelo governo e pela assembleia nacional constituinte nos últimos dias reduzem ainda mais o espaço para o debate político e para a negociação."

Mesmo com esse quadro, os países do Mercosul insistirão, de forma individual e coletiva, para que a democracia volte à Venezuela. "O governo venezuelano não pode aspirar ao convívio normal com seus vizinhos na região enquanto não for restaurada a democracia no país", afirma. Os instrumentos aceitáveis para isso, diz a nota, são o diálogo e a diplomacia. A chancelaria da Argentina divulgou nota com igual teor.

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