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Maduro promete 'ir fundo' contra corrupção na petroleira PDVSA

A estatal foi declarada em moratória na semana passada pela Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA)

Agência France-Presse
postado em 21/11/2017 20:15
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu nesta terça-feira (21/11) "ir fundo" nas investigações de corrupção na petroleira estatal PDVSA, após a prisão de seis executivos da Citgo, filial da empresa nos Estados Unidos.

[SAIBAMAIS]"Vou a fundo e nada, nem ninguém, vai me deter", garantiu Maduro, durante um ato no palácio presidencial Miraflores, no qual pediu apoio dos trabalhadores da Petróleos de Venezuela, a PDVSA, "nesta dura e difícil luta contra os ;antivalores;".

As autoridades venezuelanas prenderam, nesta terça-feira (21/11), o presidente de Citgo, José Ángel Pereira, e cinco vice-presidentes, Tomeu Vadell, Alirio Zambrano, Jorge Toledo, Gustavo Cárdenas e José Luis Zambrano, acusados de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, entre outros crimes.

O governante socialista garantiu que "há alguns dias" tinha solicitado "uma investigação urgente por um desfalque da Citgo, um roubo descarado", que levou às detenções por parte de agentes do serviço de inteligência (Sebin).

As prisões acontecem em meio às dificuldades da Venezuela no pagamento de sua dívida externa, estimada em 150 bilhões de dólares. Cerca de 30% do valor corresponde a títulos da PDVSA.

A estatal foi declarada em moratória na semana passada pela Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA), que reúne detentores de bônus.

"Enquanto eu estou apostando a vida, todos os dias há um grupo de bandidos roubando ao povo. Como se chama isso? Traição" - decretou o mandatário.

"Um dos acusados, venezuelano de nascimento, nascido no estado de Facón, quando viu que o Sebin ia lhe prender, disse: ;Não podem me deter porque sou cidadão americano. E quero falar com a minha embaixada; (...). Conseguem ver até onde chega a traição?" - acrescentou Maduro, sem citar nomes.

Os Estados Unidos impuseram sanções financeiras à Venezuela, que segundo o governo de Maduro geram "problemas operacionais" que provocaram atrasos em pagamentos de juros e capital de bônus soberanos e da PDVSA.

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