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China expressa 'preocupação' por atritos comerciais com EUA

O presidente Donald Trump denunciou várias vezes o desequilíbrio comercial entre os Estados Unidos e a China

Agência France-Presse
postado em 08/02/2018 16:51
O presidente da China, Xi Jinping

Pequim, China -
O governo de Pequim expressou sua "preocupação" nesta quinta-feira (8/2) sobre as investigações comerciais lançadas pelos Estados Unidos contra produtos chineses importados e garantiu que quer evitar uma "turbulência" econômica entre os dois países.

"Estamos testemunhando um aumento crescente das investigações dos órgãos de controle dos Estados Unidos contra os produtos chineses. A China está muito preocupada", disse um porta-voz do Ministério do Comércio, Gao Feng.

O presidente Donald Trump denunciou várias vezes o desequilíbrio comercial entre os Estados Unidos e a China. Ele também critica a política do regime comunista, que considera protecionista. Em janeiro, Washington decidiu impor tarifas aduaneiras sobre painéis solares importados da China, bem como máquinas de lavar industriais de alguns países asiáticos.

Autoridades americanas também estão investigando outros produtos chineses, como aço, papel alumínio e madeira, para aplicar possíveis medidas antidumping. "Esperamos trabalhar com os Estados Unidos para resolver de forma apropriada nossas diferenças em matéria comercial (...) de forma que os atritos não se tornem uma turbulência", disse Gao em entrevista coletiva.

As instituições americanas "têm que evitar abusar com frequência demais desses procedimentos", que "não devem ser usados para fins protecionistas", acrescentou. A China poderia devolver medidas similares, e, no domingo, o governo já anunciou a abertura de uma investigação antidumping contra o sorgo americano. No ano passado, o país asiático importou 1 bilhão de dólares do grão.

Segundo diversos veículos, o governo chinês está pensando em executar procedimentos parecidos contra a soja e o algodão americanos, após ter se reunido com empresas que se queixaram do dumping dos Estados Unidos. As consequências poderiam ser relevantes, considerando que a China comprou 14 bilhões de dólares de soja americana em 2017 - o produto mais importado em valor.

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