postado em 04/12/2008 10:40
Começou nesta quinta-feira (04/12), às 9h, no auditório do Correio Braziliense o debate O que Você tem a Ver com a Corrupção?. Promovido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Tribunal de Contas do DF (TCDF) e pelo Correio, o evento reúne especialistas e autoridades para analisar as questões éticas e criminais que envolvem o tema.
A discussão e a conscientização do público formador de opinião sobre os males da corrupção e a importância do papel de cada um no seu combate acontece na semana em que se comemora o Dia Internacional contra a Corrupção, 09 de dezembro.
Para o representante do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime Giovanni Quaglia, os quatro principais capítulos da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção (Uncac) são as medidas preventivas, penalização e aplicação da lei, cooperação internacional e recuperação de ativos. Ele foi o primeiro a se dirigir à mesa, presidida pelo editor assistente do Correio Braziliense Carlos Alexandre.
A Uncac possibilita que cada país se organize e tipifique atos de corrupção como crime e coopere internacionalmente para ver uma reação global a este problema. "A corrupção não é só um problema de políticos, governantes e empresários. É também um problema de cada cidadão. Para envolver as pessoas temos que mostrar que cada um de nós têm um poder nas mãos", comenta.
Para Giovanni Quaglia, ter quem apóie o projeto é importante. "Para lançar esta campanha e influenciar a sociedade é muito importante que os meios de comunicação estejam conosco. Como esta iniciativa do Correio Braziliense que é fundamental".
Além do judiciário
A desembargadora do TJDFT Ana Maria Amarante acredita que o assunto vai além do judiciário. "O desafio está muito mais a cargo dos educadores dos que dos juristas. Eles é que têm o trabalho de reeducar quem está sob o efeito da corrupção. Entre todas as punições talvez a melhor delas seja a educativa", observa a desembargadora.
O promotor do MPDFT Ivaldo Lemos também discursou e citou algumas atividades contra a corrupção que são promovidas no DF. Por exemplo, o teatro do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, as operações da Polícia Federal, cursos e prêmios para professores de escolas públicas que promovem o tema em sala de aula.
O frei Vicente aproveitou para fazer observações de como as famílias mudaram seus conceitos. "Os valores de ontem não cabem na nova família. As famílias diminuíram e elas precisam de novos valores. Se a nossa legislação não acordar para os valores vividos não vamos combater a corrupção".
Foi aberto ao público, às 10h30, a discussão do tema. Todos podem debater e opinar sobre a corrupção.