Politica

FAB apresenta mais um Aerolula

Adquirido por R$ 87 milhões, o Embraer 190 vai substituir aviões da década de 1970

postado em 26/09/2009 09:36
O governo brasileiro aposentou ontem um dos aviões utilizados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Embraer 190, adquirido por R$ 87 milhões, substituirá uma das aeronaves Boing 737-200, em atividade desde a década de 1970. %u201CNo Brasil, eles têm um apelido evocativo%u201D, afirmou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre as %u201Csucatinhas%u201D, como as aeronaves são conhecidas. Em seu discurso, Jobim deixou claro que a intenção do governo brasileiro ao comprar um avião da Embraer é valorizar a indústria nacional. %u201CÉ fundamental que a gente saiba que o Brasil tem condições de constranger o mundo%u201D, afirmou em solenidade de entrega do avião, na Base Aérea de Brasília, ao lado do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. A %u201Csucatinha%u201D substituída ontem será vendida pelo governo brasileiro %u2014 a outra aeronave será trocada por um novo Embraer 190 no próximo ano. O custo total da compra foi de R$ 211 milhões %u2014 e mais da metade do valor já foi entregue à Embraer. A quantia inclui ainda despesas com a manutenção e o suporte técnico dos aparelhos. Lula vai utilizar o avião pela primeira vez na próxima semana, em viagem entre Lisboa e Copenhague, na Dinamarca, onde será anunciada a cidade-sede das Olimpíadas de 2016. A aeronave, batizada de Bartolomeu de Gusmão em homenagem ao padre e cientista brasileiro do século 18, possui capacidade para 54 pessoas e um avançado sistema para acesso à internet a partir de uma conexão segura. A autonomia de voo do Embraer 190 é de 5300km, abaixo da capacidade do Aerolula (8.400km), principal aeronave utilizada pelo presidente em viagens internacionais. Sobre a queda dos caças franceses no Mar Mediterrâneo, na última quinta-feira, Nelson Jobim afirmou que o acidente não interfere no processo de compra de caças pelo governo brasileiro, e que é natural o fato de a Força Aérea Brasileira (FAB) pedir informações sobre o ocorrido: a preferência brasileira pelas aeronaves francesas. O ministro reforçou a necessidade de transferência tecnológica entre o Brasil e o país vencedor da disputa. Apesar de o próprio presidente ter demonstrado desde o início do processo uma preferência pelas aeronaves francesas, Jobim descartou qualquer possibilidade de recurso jurídico de empresas da Suécia e dos Estados Unidos, também interessadas no mercado brasileiro. %u201CNós temos um sistema legal que é rigorosamente obedecido%u201D, defendeu.

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