Politica

Suplente de Aécio ainda indefinido

Indicação é do DEM, mas falta fechar acordo no partido porque deputado Carlos Melles, o mais cotado, deverá disputar reeleição

Estado de Minas
postado em 02/07/2010 13:12
A definição do nome para a cobiçada vaga de primeiro suplente do ex-governador Aécio Neves (PSDB), candidato ao Senado, pode ficar para a última hora. A cúpula nacional do DEM se reuniu na quinta-feira com o presidente estadual do partido e principal cotado para a composição, deputado federal Carlos Melles, para tratar da indicação que cabe ao partido, mas o grupo ainda não chegou a um acordo. O problema é que os dirigentes não querem abrir mão do parlamentar mineiro como candidato à reeleição para a Câmara dos Deputados.

Depois de tirar do DEM o posto de candidato a vice na chapa do governador Antonio Anastasia (PSDB) ; a vaga ficou para o presidente da Assembleia, Alberto Pinto Coelho (PP) ;, os tucanos deixaram para o DEM a primeira suplência de Aécio. Apesar de coadjuvante, o espaço se torna atrativo por duas possibilidades. Se o candidato tucano à Presidência, José Serra, vencer, é certa a participação de Aécio, se eleito senador, em algum ministério. Na outra hipótese, depois de quatro anos no mandato ; no Senado são oito ;, Aécio sairia para disputar o governo de Minas ou o Palácio do Planalto.

No DEM mineiro, além de Melles era cotado para a vaga o deputado federal Marcos Montes. O partido, no entanto, não quer desfalcar sua bancada federal. Não sendo o parlamentar o suplente, a outra possibilidade é a ex-prefeita de São Sebastião do Paraíso Marilda Melles, mulher de Carlos.

O vice-presidente do DEM, deputado federal ACM Neto, afirmou na quinta-feira que a decisão será tomada em acordo com o deputado e que o partido tenta convencê-lo a não ficar com a suplência de Aécio. ;Temos a necessidade de fazer deputados federais e ocorre que o Melles é um dos mais destacados de nossa bancada, tem uma eleição certa. Além disso, é um dos deputados mais experientes e, pegar um parlamentar como ele, e deixar pelo menos quatro anos fora do Congresso, não é bom para o partido;, disse.

A bancada federal do DEM tem hoje 56 deputados, dos quais seis são mineiros. A intenção é eleger pelo menos o número atual ou aumentar em outubro. Na visão do partido, além de ter a eleição facilitada, Melles ajudaria a puxar votos. ;O ideal era que não fosse nenhum deputado para não desfalcar a bancada, mas nem sempre é possível. Estamos conversando e a decisão será conjunta, respeitando a vontade do deputado;, disse Neto.

Melles evitou antecipar a decisão, que deve ser tomada nesta sexta-feira ou na segunda-feira. ;O DEM tem a primeira vaga da suplência e vamos decidir no momento certo quem e como vai ser. O governador Aécio é quem comanda a indicação;, disse.

No campo da oposição, os últimos acertos para as vagas de suplência do Senado e a segunda candidatura de senador ; o primeiro será o ex-prefeito Fernando Pimentel. A disputa agora ocorre entre PCdoB, que indica o seu presidente municipal Zito Vieira, e PMDB, que quer emplacar Tarcísio Delgado. A princípio, a vaga estava prometida a Zito, mas os peemedebistas estão pleiteando o espaço. A presidente do PCdoB, deputada federal Jô Moraes, mantém a reivindicação alegando que o partido precisa estar representado na chapa. O PMDB já tem o candidato ao governo, senador Hélio Costa.

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