Politica

Posse presidencial para 1.200

Ainda que a campanha esteja no início, servidores já estão mobilizados para organizar a troca do comando do Planalto

postado em 24/07/2010 09:20
Os candidatos ainda estão nas ruas garimpando votos, mas a cerimônia de posse do novo presidente do país já está sendo preparada. Sem saber quem será o dono da festa, funcionários da gráfica do Senado, relações públicas e as polícias legislativas das Casas são mobilizados para organizar a cerimônia que deve reunir cerca de 1.200 pessoas para saudar o eleito para governar o Brasil nos próximos quatro anos.

A coordenação dos preparativos, que conta também com a participação da Câmara, do Itamaraty e das Forças Armadas, ficará com a secretaria-geral da Mesa Diretora do Senado. O presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), indicou a secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra, para cuidar da posse do novo presidente.

A cerimônia deve ter duração de aproximadamente duas horas. O candidato eleito e o respectivo vice partem da Catedral em direção ao Congresso, em carro geralmente aberto, mas a coordenação da cerimônia elabora plano alternativo para dias de chuva. A comitiva é acompanhada por batedores das Forças Armadas e pelos Dragões da Independência. No Congresso, os eleitos serão recebidos por Sarney e pelo presidente da Câmara. Em caso de vitória da presidenciável Dilma Rousseff (PT), como seu vice, o deputado Michel Temer (PMDB-SP), é o atual presidente da Casa, o peemedebista será substituído pelo deputado Marco Maia (PT-RS), segundo na linha de sucessão.

No plenário da Câmara, o novo presidente será saudado por Sarney e em seguida a Banda de Fuzileiros Navais deve executar o Hino Nacional. Em seguida, o deputado Rafael Guerra (PSDB-MG), primeiro-secretário da Mesa do Congresso, faz leitura do termo de posse. O presidente e seu vice assinam, assumem oficialmente os cargos, mas Sarney tem, novamente, a prerrogativa de discursar antes do novo chefe do Executivo.

Tiros
Na sequência, presidente eleito e vice são saudados por salva de tiros de canhão e passam a tropa em revista. Logo depois, assumem o Palácio do Planalto. Segundo a secretaria-geral da Mesa Diretora do Senado, se o dia 1; de janeiro de 2011 estiver chuvoso, o novo presidente pode deixar de fazer a revista.

Parte dos convites destinados a autoridades será impresso antes do resultado das eleições, pois o protocolo que rege a cerimônia estipula a presença de ministros do Executivo e do Judiciário, do corpo militar e de outros representantes dos Três Poderes. Depois da divulgação do resultado oficial da eleição, no entanto, presidente e vice podem indicar convidados para a cerimônia de posse e a gráfica do Senado ficará responsável por providenciar a impressão das mensagens.

A posse dos presidentes no primeiro dia do ano é criticada por alguns parlamentares. Projeto do senador Marco Maciel (DEM-PE) sugere a transferência da para 3 de janeiro. O argumento para a mudança é o impedimento de muitos chefes de Estados de participarem da cerimônia, pois o evento acontece poucas horas depois do réveillon. Na Câmara também existem propostas em tramitação que tentam mudar a data da posse.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação