Politica

Derrotas nas duas Casas levam o governo a suspender as votações importantes

Júnia Gama, Paulo de Tarso Lyra
postado em 23/03/2012 07:24

Sessão de ontem da Câmara, sem votações importantes: governo quer esperar duas semanas até que o desgaste com a base diminua para tentar emplacar projetos de interesse

Um dia depois da série de derrotas sofridas pelo governo na Câmara, o Planalto demonstrava preocupação com o momento vivido na relação com a base governista, mas, segundo aliados ouvidos pelo Correio, ainda não demonstra ter assimilado a gravidade da situação política. A presidente almoçou com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e emitiu sinais de que o momento difícil decorre de um embate sobre pontos de vista. ;Foi uma conversa para tranquilizar a ministra;, afirma um interlocutor do governo.

No Congresso, a temperatura era diferente. ;A quarta-feira foi um dia horrível para o Planalto e para o novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia;, avalia um integrantes da base. As derrotas estenderam-se por todo o dia, começando com a vitória dos ruralistas na definição de que cabe ao Congresso legislar sobre a demarcação das terras índigenas; a não-votação da Lei Geral da Copa e do Código Florestal; o convite para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, falar sobre a Casa da Moeda; e a convocação da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para explicar porque não haverá concursos públicos neste ano. A paralisia nos trabalhos deve durar pelas próximas duas semanas.

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