Politica

Suspensão de depoimentos dá novo fôlego à defesa, diz advogado de Cachoeira

postado em 31/05/2012 11:12
Advogados dos réus envolvidos no suposto esquema criminoso liderado pelo empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, elogiaram nesta quinta-feira (31/5) a decisão do desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1; Região de suspender os depoimentos agendados para esta quinta e sexta-feira (1;/6). Reunidos no saguão externo do prédio da Justiça Federal em Goiás, os advogados reclamaram do andamento do processo.

Para o advogado Ney Moura Teles, que representa o ex-vereador goiano Wladimir Garcez, a defesa ganhou novo fôlego para identificar ilegalidades no processo, como o desmembramento dos autos entre os réus presos e em liberdade e a falta de dados sobre as interceptações telefônicas. Ele também disse que pediu a substituição do juiz Paulo Augusto Moreira Lima, pois acredita que o magistrado está atuando com parcialidade. "Ele [o juiz] já prejulgou ao decretar a prisão preventiva. Já antecipou todo o juízo condenatório. Do jeito que as coisas iam caminhando, eles já estavam previamente condenados, seria mera formalidade essa audiência;, argumentou Teles.

O advogado Douglas Messora ; que representa um dos assessores de Cachoeira Gleyb Ferreira da Cruz ; também elogiou a decisão vinda de Brasília e defendeu que o processo corra com mais calma. ;Demoraram três anos para investigar, e agora querem resolver o processo em 30 dias. Não é justo.;

Apontado como contador de Cachoeira, o réu Geovani Pereira da Silva está foragido, mas o advogado Calixto Abdala Neto comentou o impacto da medida para seu cliente. ;Essa decisão é muita boa, todo mundo tem que ter acesso às provas;. Segundo Calixto, Geovani não está foragido, mas apenas ;escondido; em Goiás porque não quer ser preso. ;Ele irá se apresentar assim que a prisão for revogada.;

Além de advogados e jornalistas, as imediações da Justiça Federal em Goiás também foram ocupadas por manifestantes que protestaram contra o governador goiano Marconi Perillo (PSDB). Com faixas e megafones, eles criticaram o envolvimento do governador com Cachoeira e pediram a quebra do sigilo bancário do político.

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