Politica

Gilberto Carvalho avalia como normal e válida a manifestação do MST

Os sem-terra estão retornando para o Ginásio Nilson Nelson, onde participam do Congresso Nacional do MST. O protesto é uma marcha com o objetivo de cobrar mais rapidez na reforma agrária no Brasil

postado em 12/02/2014 17:27

Durante a manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) nesta quarta-feira (12/2), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, desceu do Palácio Planalto para receber uma carta-manifesto pela reforma agrária que foi entregue por lideranças do MST. Carvalho avaliou como normal e válido a manifestação. Ele disse que não houve nenhum ato violento relevante durante o protesto, apesar dos manifestantes terem derrubado algumas grades de isolamento do Palácio Planalto.

Integrantes do MST que fazem uma manifestação na Praça dos Três Poderes derrubaram as grades laterais do Congresso e avançaram em direção ao prédio. A Polícia Militar (PM) reagiu e houve confronto. Pelo menos um trabalhador sem-terra foi agredido e outro foi preso por agredir um PM. O MST reagiu jogando pedaços de paus e pedras e a policiais responderam com bombas de gás.

Os líderes do MST pediram para que os manifestantes se acalmassem. Neste momento, o conflito já acabou e a organização considerou o movimento encerrado por hoje. Os sem-terra estão retornando para o Ginásio Nilson Nelson, onde participam do Congresso Nacional do MST.

Segundo o primeiro-tentente da PM, Mikhail Muniz, o protesto reúne 20 mil manifestantes. Doze policiais ficaram feridos no confronto e foram encaminhados para atendimento médico.

O protesto é uma marcha com o objetivo de cobrar mais rapidez na reforma agrária no Brasil. Os manifestantes entoavam gritos e exibiam cartazes, com mensagens como "Dilma, cadê a reforma agrária?", "Exigimos uma reforma política" e "Dilma, se liberte do agronegócio". A presidenta Dilma Rousseff não está no Planalto e cumpre agenda nesta tarde em sua residência oficial, o Palácio do Alvorada.



O Supremo Tribunal Federal (STF) interrompeu a sessão de julgamentos desta tarde devido a uma ameaça de invasão por alguns integrantes do MST durante a manifestação na Praça dos Três Poderes. Eles derrubaram as grades que faziam a proteção do prédio. Para evitar a invasão do prédio, seguranças do Supremo e soldados da Policia Militar entraram em conflito. A tentativa de invasão do prédio aconteceu no momento em que os ministros estavam reunidos no plenário da Corte.

O presidente do STF, Joaquim Barbosa, não estava no plenário no momento em que os fatos ocorreram. A sessão era presidida pelo vice-presidente Ricardo Lewandowski, que interrompeu os trabalhados ao ser alertado pela equipe de segurança. ;Fui informado agora pela segurança que o tribunal corre o risco de ser invadido. Vamos fazer um intervalo na sessão;, disse. A sessão foi retomada após 50 minutos.

Os manifestantes estão em Brasília para participar do Congresso Nacional do MST, que começou segunda-feira (10/2) e vai até sexta (14)/2, com a presença de mais de 15 mil trabalhadores de 23 estados e 250 convidados internacionais. Entre os objetivos do encontro estão um balanço da atual situação do movimento, a discussão de novas formas de luta pela terra, pela reforma agrária e por transformações sociais. Também são discutidos o papel político dos assentamentos e a participação da mulher e dos jovens no movimento.

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