Politica

Senado pretende definir cronograma para instalação da CPI da Petrobras

Embora diga que seja contrário à criação do colegiado, Renan Calheiros afirmou que, agora, "não há mais o que fazer"

postado em 27/03/2014 12:42
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) disse, na manhã desta quinta-feira (27/3), que vai conversar com os líderes partidários da Casa para definir o cronograma para instalação da CPI da Petrobras. Embora diga que seja contrário à criação do colegiado, ele afirmou que, agora, ;não há mais o que fazer; e que o requerimento protocolado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), também nesta manhã, será lido em plenário. O presidente disse que só falará de prazos depois da conversa com as lideranças.

[SAIBAMAIS];É evidente que uma CPI em ano eleitoral mais atrapalha do que ajuda a vida do Brasil. Mas agora não há mais o que fazer, porque temos o requerimento. Vamos marcar a data para fazer conferência dos nomes e instalar a comissão. Vou combinar com os líderes o melhor calendário;, disse Renan. O requerimento do PSDB está na Secretaria-Geral da Mesa, onde as assinaturas serão conferidas. Depois dessa etapa, o documento é liberado para a leitura em plenário, o que pode ocorrer em qualquer sessão.



O temor da oposição é que, sem interesse na investigação, Renan segure a leitura do texto, o que garantiria mais tempo ao governo para convencer senadores a retirar assinaturas. A tentativa do Palácio do Planalto tem três focos: Sérgio Petecão (PSD-AC), Eduardo Amorim (PSC-SE) e Clésio Andrade (PMDB-MG) assinaram o texto, mas são da base. Os senadores só podem retirar o apoio até meia-noite do dia em que for feita a leitura da matéria em plenário.

Renan negou que esteja preocupado com os desdobramentos da investigação, que podem atingir seu partido. O PMDB tem várias indicações políticas na empresa. ;A nossa preocupação com a CPI é porque vai montar um palanque muito próximo da eleição. Do ponto de vista da investigação, não (há preocupação). Acho que a investigação tem que efetivamente caminhar;, disse.

O objetivo da oposição é investigar a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos, em 2006. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff disse ao jornal Estado de São Paulo que votou a favor do negócio quando participava do Conselho Administrativo da Petrobras, com base em documentos ;falhos;. Além disso, os tucanos, com apoio dos senadores de partidos da base aliada que se consideram independentes, querem mais informações sobre outras atividades da Petrobras, como a construção da Refinaria Abreu e Lima (PE).

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