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Justiça do DF informa Supremo sobre vazamento de vídeo de Dirceu na prisão

Deputados da comissão visitaram o Complexo Penitenciário da Papuda para verificar se Dirceu utinha privilégios em relação a outros presos

postado em 08/05/2014 19:58
Dirceu foi condenado a sete anos e 11 meses de prisãoA Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal enviou ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, cópia do pedido de investigação pelo vazamento de um vídeo com imagens da visita à cela do ex-deputado José Dirceu. O pedido foi feito pelo deputado federal Assis do Couto (PT-PR), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH), da Câmara dos Deputados.

Em 29 de abril, deputados da comissão visitaram o Complexo Penitenciário da Papuda para verificar se Dirceu, condenado a sete anos e 11 meses de prisão, na Ação Penal 470, processo do mensalão, tinha privilégios em relação a outros presos. A Justiça proibiu qualquer tipo de imagem da visita. No entanto, após a diligência, um vídeo foi publicado no site do jornal Folha de S.Paulo.

[SAIBAMAIS]No dia seguinte, o presidente da comissão, Nilmário Miranda (PT-MG), disse à Agência Brasil que a VEP não permitiu a gravação de imagens durante a visita. ;Eu comuniquei a todos os deputados que não eram permitidas imagens, inclusive que, se fosse solicitado, era para deixar o celular;, recordou.

Além de Miranda, a comitiva era formada pelos deputados Jean Willys (PSOL-RJ), Luiza Erundina (PSB-SP), integrantes da comissão; Arnaldo Jordy (PPS-PA), suplente da comissão, e Mara Gabrilli (PSDB-SP), que não faz parte da comissão, mas pediu para participar da visita. Também fizeram parte da diligência assessores da comissão, da Secretaria de Comunicação (Secom) da Câmara dos Deputados, da deputada Mara Gabrilli, do deputado Arnaldo Jordy e da liderança do PPS.



Segundo Miranda, foi acordado que somente os deputados entrariam na parte do presídio onde o ex-deputado José Dirceu cumpre pena. O pedido, no entanto, não foi respeitado e duas pessoas entraram na cela além dos deputados. ;Os assessores da Comissão de Direitos Humanos, que acompanharam a diligência, ficaram do lado de fora. Agora, um dos deputados levou um assessor e coincidentemente é o único assessor que não aparece no vídeo. Todos os demais aparecem no vídeo e logicamente não puderam filmar a si mesmos;, relatou Miranda.

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