Politica

Partidos polítcos se movimentam para tentar atrair apoio de Joaquim Barbosa

Cientistas políticos avaliam a influência do ministro nas urnas, caso o presidente do Supremo Tribunal Federal decida apoiar alguma candidatura após se aposentar, no fim de junho

postado em 31/05/2014 07:15

Para concorrer nas eleições, Barbosa precisaria ter se filiado a um partido político até 4 de abril

O planejamento do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, é descansar e assistir a Copa do Mundo assim que se aposentar, mas cientistas políticos avaliam que o ministro poderá ter um peso expressivo nas eleições. Para concorrer em outubro, Barbosa deveria ter se filiado a um partido até 4 de abril. Pesquisas divulgadas antes desse prazo mostraram o bom potencial eleitoral do ex-ministro, em cenários nos quais ele aparecia como opção para o eleitor. Nos bastidores, legendas da oposição, como o PSB de Eduardo Campos e o PSDB de Aécio Neves, já se movimentam para tentar atrair o apoio do magistrado.

Pesquisa elaborada pelo Instituto Datafolha em novembro passado mostrava Barbosa tecnicamente empatado com a pré-candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, em São Paulo. Enquanto Dilma tinha 41% das intenções de voto, Barbosa aparecia com 40%. No Rio de Janeiro, Dilma estava à frente do ministro, com 48% contra 34% . A petista também venceria no nível nacional, com 54% a 30%. Em outra pesquisa do Datafolha, elaborada em fevereiro de 2014, Barbosa aparecia como o segundo candidato mais bem colocado. Num cenário com Dilma, Campos e Aécio, o ministro obteve 16% das intenções de voto, atrás dos 42% de Dilma e à frente dos 14% obtidos por Aécio.

Capital político
Mesmo entre cientistas políticos acostumados a acompanhar a evolução de cenários eleitorais, não há consenso sobre o peso de Joaquim na disputa eleitoral, caso ele decida pedir votos para algum dos candidatos. Para Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho do Diap, Barbosa se sairia melhor no papel de candidato do que como cabo eleitoral. ;Acho que ele não terá maior influência no pleito, ao decidir que não será candidato nessas eleições. As pessoas que o apoiam gostariam de vê-lo como uma opção real de poder, e não como um cabo eleitoral de outro candidato;, diz Toninho. ;Ele seria um puxador de votos muito fortes se estivesse na condição de candidato, ou pelo menos de filiado. Como eleitor comum, é provável aliás que ele nem queira se envolver muito no pleito desse ano;, completou o estudioso.

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