Politica

Ministros do Supremo Tribunal Federal lamentam morte de Eduardo Campos

Luiz Fux destacou ainda o "direito de sonhar" de Eduardo Campos. Barroso ressaltou "conteúdo e consistência" de peesebista

postado em 13/08/2014 14:05


Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) lamentaram a morte do candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos. "É lamentável. Um grande homem público", disse Luiz Fux. O ex-governador de Pernambuco perdeu a vida em um acidente aéreo, nesta quarta-feira (13/08).

Fux também falou dos "sonhos" do peesebista. "Também porque com ele desaparece o sonho de um jovem que tinha todo o direito de sonhar com o que ele sonhava. Isso nos alerta para o fato de que é importante viver a vida com lisura, lealdade, com nossos objetivos, porque nós só temos uma vida."

"Nunca imaginaria uma coisa dessas", disse o ministro Marco Aurélio, que acredita em uma suspensão das campanhas eleitorais. "Quanto à substituição dele, o partido tem que decidir se a própria vice (Marina Silva) será a titular ou se o partido oferecerá outro nome. Precisamos aguardar", analisou.

O ministro Ricardo Lewandowski, no exercício da Presidência do STF, lamentou "em nome pessoal e da Corte" o falecimento do ex-governador de Pernambuco. Em nota, Lewandowski expressou "o seu sentimento de pesar e presta condolências à família".

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também ministro do STF, Dias Toffoli lamentou o "trágico acidente". "Toda a Corte Eleitoral se solidariza com os familiares, amigos e correligionários do candidato e das outras vítimas neste momento de pesar. E ressalta o legado político consistente deixado por Eduardo Campos, evidenciado nas suas passagens por cargos públicos de relevo, como governador do estado de Pernambuco por duas vezes, ministro da Ciência e Tecnologia, deputado federal e estadual", diz nota divulgada pelo TSE.

Toffoli disse ainda que "é um momento de pesar". Sobre a nota doTSE, o ministro ressaltou que a manifestação é direcionada "aos familiares e, em especial, a Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas, mãe do candidato Eduardo Campos, a sua esposa Renata, a seus filhos, e, enfim, a todos os familiares daqueles que se encontravam que foram vítimas desta tragédia".

Como presidente do TSE, ele esclareceu que "a lei eleitora e a resolução preveem, em tais hipóteses, a possibilidade de substituição de 10 dias da candidatura". Questionado sobre o pouco tempo para gravar novos programas eleitorais, o ministro disse que "essas questões não são da alçada da Justiça eleitoral". "São da alçada do próprio partido, da coligação do candidato. O que a Justiça eleitoral tem a dizer é condolências a todos os familiares das vítimas desse trágico acidente e, em relação à candidatura, a lei prevê um prazo de substituição."


"Estrela em ascensão"

O ministro Luís Roberto Barroso enalteceu o histórico político da família de Campos. "Era uma estrela em ascensão na política brasileira, com grande futuro, herdeiro de uma tradição importante de Miguel Arraes (ex-governador de Pernambuco). A vida tem os seus desígnios e acho que o país perde uma liderança em potencial, ainda que não fosse para agora, mas para o futuro".

Questionado se a morte de Campos embaralha a disputa presidencial, Barroso ressaltou que é "de outro ramo, o ramo judicial", mas comentou que "certamente" o cenário eleitoral deve sofrer algum impacto, pela "ausência de um ator importante". Barroso lembrou que conheceu Campos há pouco tempo, em um evento no qual os dois eram palestrantes. "Não o conhecia. Fiquei muitíssimo impressionado porque ele tinha conteúdo, tinha ideias, tinha consistência. Me solidarizo com a família."

Celso de Melo, por sua vez, ressaltou o perfil de Campos. "Era uma liderança, um político que se projetava no âmbito nacional. Eu apenas tenho a lamentar uma perda tão prematura", declarou o ministro.


OAB

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coêlho, foi outro a lamentar a perda de "um grande homem público", ressaltando que Campos era "uma pessoa dedicada à causa de servir ao próximo". "Sem dúvida alguma, um estadista que fará muita falta ao nosso país, no momento em que precisamos de pessoas dedicadas a trabalhar pelo próximo", lamentou Coêlho.

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