Politica

Primeiro debate na TV reúne sete candidatos à Presidência da República

Clima esquentou em alguns momentos, com a discussão de temas polêmicos

postado em 27/08/2014 00:22
Depois de pouco mais de três horas, chegou ao fim o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República, com as considerações finais dos candidatos. Na abertura do programa, os candidatos falaram sobre . Depois, temas como as manifestações de junho, a tomada de medidas impopulares após as eleições e as relações internacionais foram abordados nas . Em uma nova rodada de perguntas entre os concorrentes, o clima esquentou com sobre a Petrobras e a auditoria da dívida.

Confira as considerações finais dos candidatos:

Marina Silva (PSB)
"Todos os brasileiros que nos acompanharam sabem que eu estou vindo de uma realidade traumática, que foi a perda do nosso candidato Eduardo Campos. Fui privada de ter o registro da Rede Sustentabilidade e, naquela oportunidade, me dirigi ao Eduardo Campos para que tivéssemos um programa, e temos um programa". Marina pediu o voto do eleitor "para que possamos fazer jus às grandes possibilidades que temos no século XXI. Nos ajude a fazer o Brasil ser um país melhor para se viver".

Dilma Rousseff (PT)
"O debate é uma contribuição à democracia. Fui eleita para fazer avançar ainda mais o legado do presidente Lula e preparar o Brasil para um novo ciclo de crescimento, mais moderno, inclusivo e competitivo. Criamos as bases para esse salto colocando a educação no centro de tudo. Ela vai permitir que nós nos transformemos, cada vez mais, em um país de classe média, com mais empregos, produção científica e tecnológica; com mais saúde, segurança e com uma infraestrutura de transporte adequada. Sempre acreditamos no Brasil e temos certeza que o Brasil vai avançar no rumo certo."

Aécio Neves (PSDB)
"É hora de caminharmos para uma decisão. Não fica claro para mim a qual rumo a candidata Marina ou Dilma querem levar o país. Para que possamos crescer é preciso ter uma política econômica diferente, que tenha inflação baixa e crescimento alto. Não há espaço para aventuras. Quero oferecer aos brasileiros o caminho da segurança, da transparência. Nomearei como ministro da Fazenda um dos formuladores do tripé econômico elogiado por uma das candidatas, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga". Aécio prometeu ainda um "novo ciclo de desenvolvimento sustentável", com avanços sociais.

Luciana Genro (PSol)
"Os três ditos principais candidatos parecem ter diferenças, em detalhes, mas na essência defendem a mesma política econômica, que submete o Brasil ao interesse do capital financeiro, que permite que os bancos sigam lucrando enquanto o povo segue endividado, este é o tripé macroeconômico. Eles fingem durante a campanha que estão escutando as vozes de junho mas, na prática, quando governam, fazem tudo o que deseja o capital financeiro. Nós dizemos claramente: o governo do PSol vai enfrentar o capital financeiro, acabar com fator previdenciário, aumentar o salário mínimo, que será justo. Atender às demandas de junho significa fazer uma nova política de verdade, enfrentando os interesses dos poderosos que governam o país e continuarão a governar, seja com Marina, Aécio ou Dilma."

Levy Fidelix (PRTB)
"Não podemos conduzir uma política social com investimentos na saúde, com hospitais cheios, com déficit de 4,5 milhões de habitações, não podemos sem fazer profundas reformas, especialmente no plano econômico. Nosso orçamento de 2,4 trilhões é igual ao que devemos. Essa grande empresa que é o Brasil está quebrada. Governos anteriores tem levado o Brasil ao cadafalso. Ou modificamos isso ou o povo vai continuar acreditando em Papai Noel. Queremos auditoria firme e rápida sobre as nossas dívidas."

Eduardo Jorge (PV)
"Paz e amor não quer dizer covardia, falta de capacidade de enfrentar o debate. São as ideias de gente como Gandhi, Tolstoi, John Lennon. O PV é revolucionário, mas com uma cultura de paz, repudiando o totalitarismo de esquerda ou de direita. O Partido Verde é o porto seguro das ideias de desenvolvimento humano e da cultura de paz. É pequeno, mas tem ideias grandes. É um partido necessário para o século XXI.O PV é um partido necessário."

Pastor Everaldo (PSC)
"Sou um defensor da liberdade de imprensa, sem marco regulatório. Reafirmo meu compromisso contra o aborto, com a família como está na Constituição brasileira, casamento é homem e mulher; respeito a todas as pessoas; contra a legalização das drogas; defendo um estado mínimo necessário, tudo que for possível deve passar para a iniciativa privada. Defendo a redução da maioridade penal."

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