Politica

Laudo da PF não desvenda mistério sobre morte de Jango

As análises toxicológicas não encontraram vestígios de substâncias que pudessem ter matado o ex-presidente

Daniela Garcia
postado em 01/12/2014 12:01

Em solenidade na secretaria dos Direitos Humanos, a ministra Ideli Salvati divulga laudo final da morte do ex-presidente Jango para a família

A Polícia Federal anunciou, na manhã desta segunda-feira (1;/12), o resultado da exumação dos restos mortais do ex-presidente da República João Goulart. De acordo com os investigadores, Jango pode realmente ter morrido de causas naturais. Eles, no entanto, não descartaram a possibilidade de envenenamento.

[SAIBAMAIS] As análises toxicológicas não encontraram vestígios de substâncias que pudessem ter matado o ex-presidente. A PF diz, porém, que em função do tempo entre a morte (1976) e a exumação (2013), eventuais vestígios do suposto envenamente podem ter desaparecido.

Parentes e amigos próximos do ex-presidente sustentam a tese de que a morte dele pode ter sido causada pela substituição de medicamentos rotineiros, feita por agentes da repressão uruguaia. Investigações conduzidas pela Comissão Nacional da Verdade indicam que o ex-presidente foi uma das vítimas da Operação Condor, montada pelas ditaduras militares do Brasil, da Argentina e do Uruguai para perseguir opositores.

Deposto pelo regime militar, Goulart morreu no exílio, na Argentina, em 6 de dezembro de 1976




Os restos mortais do ex-presidente foram tirados do jazigo de Jango na cidade de São Borja (RS) e analisados pelo Instituto Nacional de Criminalística do Departamento de Polícia Federal em 13 de novembro do ano passado. Deposto pelo regime militar, Goulart morreu no exílio, na Argentina, em 6 de dezembro de 1976. Depois da exumação, os restos mortais foram novamente enterrado, com honras militares, em cerimônia que contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, José Sarney e Fernando Collor.

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