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Dilma Rousseff quer ministérios sem envolvidos na Lava-Jato

Presidente pretende indicar auxiliares diretos até o dia 29, mas consultará o Ministério Público para saber se indicados foram citados nas delações premiadas

Paulo de Tarso Lyra
postado em 22/12/2014 12:32
Presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas-setoristas do Palácio do Planalto

A presidente Dilma Rousseff disse hoje que pretende concluir a reforma ministerial até o próximo dia 29. Segundo ela, o anúncio poderá ser feito em uma ou duas etapas. Antes de fechar os nomes, no entanto, a presidente vai consultar o Ministério Público. Ela admitiu que consultará o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para saber se há algo na Operação Lava-Jato que atinja algum dos possíveis nomes. ;Consultaremos o procurador. Não há nenhuma informação oficial, vou dizer que nós viemos procurar saber. Para qualquer pessoa, eu consulto, para ver se há algo contra fulano que me impeça de nomeá-lo;, disse.

[SAIBAMAIS]Ela também evitou generalizar as afirmações de que os atos de corrupção são decorrentes de indicações políticas. ;Não vamos demonizar indicação política, isso é de um simplismo político grotesco, é não enxergar um palmo à frente do nariz. O debate no Brasil não é político versus técnico, ninguém está acima do bem ou do mal;, afirmou. ;Acho que tem gente honesta em todas as camadas e desonestas também;, emendou. A presidente, no entanto, disse que na Polícia Federal, em bancos e estatais não aceitará indicação política.

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Questionada sobre as pressões contra a indicação para o comando de alguns ministérios, como a da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura, ela disse que escuta todos, mas que a decisão é dela. ;Mas isso não é uma eleição, a eleição foi lá no dia 26 de outubro. O regime é presidencialista. Não vejo em outros países interregnos ou vetos à A ou B e os presidentes acatando isso. É da democracia;, pontuou.

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