Politica

Dilma promete medidas drásticas sem atingir os programas sociais do governo

Apesar de antecipar o cenário econômico difícil a partir do próximo ano, a presidente mostrou otimismo

postado em 22/12/2014 14:57

A presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas do Palácio do Planalto

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (22/12), durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que o governo terá que anunciar medidas ;drásticas;, mas garantiu que ;isso não significa os programas sociais. Teremos que ter controle maior sobre outros gastos e fazer algumas reformas;.

[SAIBAMAIS]Na saída do evento, Dilma Rousseff admitiu que pretende abrir o capital da Caixa Econômica Federal, mas disse que esse é um processo ;demorado;. A informação foi confirmada por assessores da Presidência da República.

Ainda sobre os programas sociais, no café da manhã, a presidente citou o exemplo do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que cria estímulos para diversos setores com linhas de investimento diferenciadas. ;É possível balancear, reduzindo a zero o subsídio, mantendo apenas os de áreas melhores;, explicou.

Apesar de antecipar o cenário econômico difícil a partir do próximo ano, a presidente mostrou otimismo e afirmou ter certeza de que o Brasil sentirá uma recuperação, independentemente dos resultados de outras economias. ;A inflação não saiu do controle. O Brasil continua com grandes reservas e estamos tomando providencias para melhorar nossa produtividade;, destacou.

Perguntada sobre o valor que será buscado pelo governo para o ajuste fiscal no próximo ano, a presidente não confirmou que a cifra seja de R$ 100 bilhões, como foi divulgado na imprensa paulista. Segundo ela, o assunto ainda não foi discutido pelo governo e é preciso esperar. ;Não vou discutir quais medidas tomar de forma teórica. O tempo de vocês é um e o meu é outro;, afirmou.

Ao analisar o cenário mundial, Dilma Rousseff afirmou que o processo de crise que atingiu todos as nações perdurou por mais tempo do que o estimado pelo mercado internacional e a recuperação da economia internacional ;anda de lado;, mesmo para os Estados Unidos ;que têm uma economia muito dinâmica;.



A presidente reconheceu os problemas enfrentados pelos países emergentes, mas, ao comentar a situação dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), negou que a Rússia esteja vivendo ;a beira de uma crise econômica;. Segundo ela, a economia russa passou por uma turbulência monetária, ;mas tem reservas suficientes;.

Para a presidente, o mundo ainda passará por uma nova turbulência, mas não haverá uma grande crise com especulações sobre moedas e países. ;Não acho que os Brics vão ter grande problema. O problema dos Brics não é financeiro. Não há nenhum na beira da catástrofe. Todos têm reservas, são todos países [que] de uma forma ou de outra estão numa situação estável;, avaliou.

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