Politica

Entenda como a extradição de Pizzolato aumenta desgaste do PT

Itália decide enviar o ex-diretor de Marketing do BB para cumprir pena no Brasil. Com isso, o caso do mensalão ressurge para assombrar os petistas, em um momento dominado pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato

Eduardo Militão
postado em 25/04/2015 08:02

Itália decide enviar o ex-diretor de Marketing do BB para cumprir pena no Brasil. Com isso, o caso do mensalão ressurge para assombrar os petistas, em um momento dominado pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato

Em meio ao desgaste causado pela Operação Lava-Jato, o PT foi assombrado ontem pela lembrança do mensalão ; maior escândalo de corrupção julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério da Justiça italiano determinou a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado por participação no esquema que quase custou ao partido a reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Justiça brasileira tem 20 dias para buscar Pizzolato e conduzi-lo ao Complexo da Papuda, em Brasília. A defesa do condenado diz que ;faltou coragem; à Itália para negar a extradição.

Não cabe mais recurso. A decisão política do governo Matteo Renzi confirma a ordem de extradição da Corte de Cassação, o mais alto tribunal da Itália. As autoridades brasileiras foram comunicadas por canais diplomáticos e pela Interpol. Pizzolato está na Itália desde setembro de 2013, dois meses antes de o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa expedir o mandado de prisão contra 12 condenados no processo do mensalão. Foragido, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil foi encontrado em Maranello, no país europeu, em fevereiro de 2014.

Dois meses depois, o Ministério Público italiano deu parecer favorável ao envio de Pizzolato ao Brasil, que tem dupla cidadania. A Constituição italiana permite extraditar um cidadão nacional, ao contrário da brasileira. Em outubro de 2014, no entanto, a Corte de Apelação de Bolonha negou o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro, sob o argumento de as prisões daqui não oferecerem condições adequadas e serem inseguras. O governo recorreu e conseguiu a decisão positiva na Corte de Cassação.

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