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Semana será decisiva para arrocho de Dilma com início de votação de MPs

A partir de hoje, governo põe a tropa de choque em campo para assegurar a aprovação das matérias e evitar surpresas

Paulo de Tarso Lyra
postado em 04/05/2015 06:03
A partir de hoje, governo põe a tropa de choque em campo para assegurar a aprovação das matérias e evitar surpresas
Depois de quase quatro meses de debate e dificuldades para afinar a base aliada, a primeira proposta do ajuste fiscal está pronta para ser votada no plenário da Câmara amanhã. O vice-presidente da República, Michel Temer, e a equipe econômica reúnem-se hoje com os líderes da base aliada, no fim da tarde, para negociar e acertar os detalhes para a votação da Medida Provisória 665 ; a mais polêmica de todas, que altera regras do seguro-desemprego. A outra MP, a 664, que promove alterações nas normas de pensão, também será votada amanhã, mas na Comissão Mista Especial, composta por deputados e senadores. Só depois chegará ao plenário da Câmara.

[SAIBAMAIS]O governo ainda tenta amarrar as últimas pontas para evitar surpresas, pois não tem apoio irrestrito nem do próprio PT. Como alardeado anteriormente pelos petistas, as medidas não serão aprovadas da maneira como chegaram ao Congresso. ;Nós conseguimos tirar todas as maldades das propostas;, resumiu um dos vice-líderes do governo na Câmara, Carlos Zarattini (PT-SP). ;Com isso, o PT votará fechado com os relatórios aprovados na Comissão Especial;, espera o petista.

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Articuladores políticos do governo torcem para isso, mas têm dúvidas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) tem feito seguidas manifestações públicas de repúdio às duas propostas de ajuste fiscal. Apesar de reconhecer alguns esforços do governo, como a redução de 18 para 12 meses para que o trabalhador tenha direito a receber o seguro-desemprego, as centrais sindicais ainda consideram que as MPs reduzem direitos trabalhistas.

Além dessa mudança, a equipe econômica aceitou que o abono salarial fosse pago com três meses após a saída do trabalhador do emprego, e não mais um ano. Neste caso, o pagamento passaria a ser proporcional, em um sistema semelhante ao do 13; salário do trabalhador. ;Todas as alterações foram acertadas e aceitas pela equipe econômica;, disse Zarattini.

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