Politica

Dilma dá Saúde ao PMDB para barrar processos de impeachment e garantir CPMF

Presidente deve rifar Arthur Chioro e oferecer a pasta com maior orçamento da Esplanada aos peemedebistas. Partido já apresenta os nomes para o ministério

Paulo de Tarso Lyra, Denise Rothenburg
postado em 23/09/2015 08:11
Para garantir a manutenção dos vetos, barrar processos de impeachment no Congresso e assegurar a aprovação da CPMF encaminhada ontem ao Congresso, a presidente Dilma Rousseff deu a alma do governo ao PMDB e ofereceu à legenda o Ministério da Saúde, a pasta com o maior orçamento da Esplanada: R$ 109,2 bilhões, de acordo com números deste ano.

Dilma, durante a posse de Arthur Chioro, em fevereiro de 2014: pasta da Saúde, com os R$ 109 bilhões, vai para a mão dos peemedebistas

;A aprovação da CPMF é uma construção. Claro que, se de fato estivermos no governo, o diálogo nesse sentido será muito mais fácil;, admitiu o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). Reunida ontem no plenário 2 da Câmara, a bancada do PMDB na Casa ; que tem integrantes que defendem abertamente o impeachment da presidente ; aprovou por ampla maioria os nomes para o Ministério da Saúde e para a pasta de infraestrutura, que será fruto da fusão das Secretarias de Portos e Aviação Civil. Para a primeira, foram aprovadas as indicações de Marcelo Castro (PI) e Manoel Júnior (PB). Para a segunda, Celso Pansera (RJ), José Priante (PA) e Carlos Marun (MS).



Das cinco opções apresentadas pela legenda, quatro têm uma ótima ligação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ). O Planalto sabe que o peemedebista, que tem em suas mãos o poder de engavetar ou dar seguimento aos pedidos de impeachment de Dilma, precisa ser cortejado. As bancadas do PSB na Câmara e no Senado, por exemplo, fecharam questão a favor do afastamento da presidente, embora os governadores da legenda, como Rodrigo Rollemberg (DF), sejam contrários à iniciativa.

Dilma quer manter o atual ministro Eliseu Padilha na provável pasta de infraestrutura. Apesar de não ter sido aliado de primeira hora, a presidente reconhece o esforço que ele fez, ao lado do vice-presidente Michel Temer, para aprovar o primeiro ajuste fiscal enviado ao Congresso. Mas os deputados esperam ser contemplados com essa indicação, já que Padilha não é mais parlamentar e ;não representaria a bancada do PMDB na Casa;.

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