Politica

Sérgio Moro marca interrogatório do presidente da Andrade Gutierrez

O executivo é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro referentes a dez contratos da Andrade Gutierrez com a Petrobras

Agência Estado
postado em 06/11/2015 11:27
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava-Jato na 1; instância, marcou o interrogatório do presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, para as 9h30 do dia 13 de novembro. O executivo é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro referentes a dez contratos da Andrade Gutierrez com a Petrobras.

[SAIBAMAIS]Otávio Marques de Azevedo está preso desde 19 de junho deste ano Ele foi detido na Operação Erga Omnes, 14; fase da Lava-Jato.

Nesta ação penal, a Procuradoria da República utilizou os depoimentos do operador de propinas Mário Góes, que atuava para a diretoria de Serviços da estatal petrolífera durante a gestão do engenheiro Renato Duque, e celebrou acordo de delação premiada com os investigadores da Lava-Jato para revelar o que sabe em troca de benefícios como redução da pena.

Aos investigadores da Lava-Jato, Mário Góes admitiu que utilizava sua empresa de consultoria Riomarine para lavagem de dinheiro referente às propinas direcionadas a Duque e ao ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.

Ele admitiu ter utilizado sua offshore PHAD Corporation para firmar contrato de fachada com uma subsidiária da Andrade Gutierrez no exterior. O contrato previa ações de prospecção de negócios na África para a empreiteira, mas segundo Góes foi utilizado para o pagamento de propinas referentes a obras na Petrobrás.



Em maio deste ano, Otávio Azevedo admitiu à Polícia Federal ter se reunido com o lobista Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB na Petrobras. O empreiteiro citou pelo menos cinco encontros com Fernando Baiano em seu escritório. Em uma ocasião, segundo Otávio Azevedo, o lobista lhe pediu doações para o PMDB

O executivo disse que o pedido "foi prontamente rechaçado". Ao ser questionado pelos investigadores, contudo, Otávio Azevedo admitiu que manteve "relação institucional" com pelo menos seis políticos do PMDB, incluindo o vice-presidente da República Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.

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