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Condenados por Moro, executivos da OAS pedem ao STF para voltar ao trabalho

No recurso ao STF, os advogados sustentam que os quatro executivos estão "soltos há mais de sete meses" e "têm cumprido rigorosamente as cautelas estabelecidas"

Agência Estado
postado em 24/11/2015 21:01
A defesa da cúpula da OAS entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter medidas impostas pela própria Corte e permitir que os quatro executivos condenados na Lava Jato possam voltar a trabalhar.

Em abril, a 2; Turma da Corte determinou que nove executivos, entre eles os dirigentes da empreiteira, tivessem a prisão preventiva substituída por outras medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica e afastamento das empresas envolvidas na investigação, além de suspensão de atividades econômicas.

Em agosto, o juiz Federal Sérgio Moro condenou o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, e Agenor Medeiros, ex-diretor-presidente da área internacional, a 16 anos e 4 meses de reclusão. Os executivos Mateus Coutinho de Sá Oliveira, ex-diretor financeiro, e José Ricardo Nogueira Breghirolli receberam pena de 11 anos de reclusão.

No recurso ao STF, os advogados sustentam que os quatro executivos estão "soltos há mais de sete meses" e "têm cumprido rigorosamente as cautelas estabelecidas". Os ex-dirigentes da OAS respondem a recursos em liberdade.

No momento da condenação pela Justiça Federal do Paraná, Moro determinou o fim do recolhimento domiciliar e do uso de tornozeleiras. Agora, a defesa dos executivos quer retirar as demais restrições impostas pelo STF em abril, como o "afastamento de empresas envolvidas nas investigações e suspensão do exercício profissional de atividade econômica".

O pedido dos advogados é para que o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, retire as restrições impostas e, se entender que é o caso, estenda para a cúpula da OAS a necessidade de comparecimento em juízo a cada 15 dias, já estabelecido para o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar.

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