Politica

Brasília-DF

Denise Rothenburg
postado em 27/03/2016 15:49


Descompasso
Há dias, os petistas perguntam por que tudo o que o governo tenta na política dá errado. A resposta para quem entende do traçado é simples: Dilma Rousseff está com baixa popularidade e agindo em relação aos partidos, cobrando lealdade, como se estivesse com 90% da população defendendo seu governo. O fato de retirar um aliado de Michel Temer da Funasa só cristalizou essa sensação e afastou ainda mais. Juntar agora será difícil. Nem Lula é capaz de operar esse milagre.

Saldo I

O governo perderá oficialmente o PMDB, na terça-feira, e o PP, na quarta. O PTB, que tem o relator da comissão especial do impeachment, vai aguardar mais uns dias, assim como o PSD, que preside o colegiado. Até aqui, só saiu oficialmente o PRB (que voltou).

Saldo II

PDT e PR também avaliam o futuro. A aposta geral é a de que, até meados de abril, mantido o andar da carruagem, o governo ficará apenas com o PT e o PCdoB.

Olhar de pai

Ao promover o desembarque da bancada do Rio de Janeiro do governo Dilma Rousseff, o patriarca Jorge Picciani tem um objetivo: manter o filho Leonardo na liderança do partido. Há um receio de que, se o governo perder a votação do impeachment, os oposicionistas do PMDB vão tratar de buscar um líder mais ligado a Michel Temer.

Separação à frente

Eduardo Cunha já foi avisado pelos peemedebistas de que, até para não perder apoio das ruas, Michel Temer terá que se distanciar dele. E, para completar, não poderá sequer estender a mão se a situação do presidente da Câmara se agravar ainda mais. Temer, para obter o apoio de todos aqueles que hoje vão às ruas defender o juiz Sérgio Moro, terá que ficar bem distante de todos os envolvidos na Lava Jato.

;Eu acho que essa apuração da Lava-Jato já virou avacalhação. Só falta aparecer o Papa Francisco em alguma delação;

Trecho do texto que o senador Jader Barbalho publicou no Facebook para responder à citação de seu nome na lista na Odebrecht.

Ribalta I// Bastou aparecer nos jornais com a mão no rosto do deputado Major Olímpio, há alguns dias, para a coordenadora de Relações Públicas do Planalto, Antonieta Silva, voltar às páginas do noticiário e das rodas políticas. Ela não para de criticar a foto de Alan Marques, da Folha Press, mas...

Brasília-DF; as histórias sobre ela não param. Nos áureos tempos de José Dirceu, de quem o marido de Antonieta foi sócio, ela desembarcou num voo internacional no Recife com uma bagagem recheada de roupas e acessórios de grife. Terminou perdendo a conexão e obrigada a pagar quase R$ 20 mil de imposto. E lá se foram quatro meses do DAS-4.

Pausa na crise I// Com José Serra e Aécio Neves em Lisboa, no seminário sobre Direito, Constituição e crise, os governistas brincam que essa semana pós-Páscoa talvez seja um pouco mais tranquila. Falta combinar com a turma da Lava-Jato e com o PMDB, que desistiu da viagem.

Pausa na crise II// Em meio à tanta tensão no Congresso, há um espaço no Senado em que os parlamentares respiram. É a exposição do artista Augusto Corrêa - Bolhas 2, uma viagem ao fundo do mar -, inaugurada no Dia Internacional da Síndrome de Down. O senador Ricardo Ferraço prestigiou a abertura e comprou dois quadros. A mostra vai até a próxima sexta-feira.

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