postado em 28/03/2016 06:54
O desembarque do governo do PMDB, partido com maior número de deputados na Câmara, marcado para ser decidido amanhã, um novo pedido de impeachment da presidente a ser apresentado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além da solicitação de reabertura das investigações sobre o escândalo do mensalão, para incluir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prometem tirar o fôlego do governo esta semana. O caldo da política engrossa ainda mais porque manifestações populares contra e pró-governo estão marcadas para os próximos dias.[SAIBAMAIS]A temperatura promete esquentar já a partir de hoje, com a apresentação de novo pedido de impeachment contra a petista, encabeçado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que quer incluir a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido), preso durante a Operação Lava-Jato, que diz que a campanha de reeleição de Dilma e Michel Temer foi irrigada com dinheiro desviado da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, o que tiraria também o peemedebista Temer da linha de sucessão da presidente Dilma Rousseff, em caso de aprovação do impedimento.
O pedido inclui ainda a suspeita de que a petista tenha tentado obstruir a Justiça ao nomear Lula ministro da Casa Civil, numa tentativa de evitar sua prisão pelo juiz Sérgio Moro, da 13; Vara Federal de Curitiba (PR), que preside as ações da Lava-Jato.
Reação
A entrega do segundo pedido contra Dilma pela OAB, no entanto, vai enfrentar reação dentro da própria autarquia. Hoje, ao meio-dia, está marcado um ato de advogados contra a decisão da OAB de representar contra a petista. Mais tarde, às 14h, no Anexo II da Câmara dos Deputados será lançado o Comitê em Defesa da Democracia. Os defensores do governo marcaram para as 16h um ;ato pela legalidade;.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) disse que entrega hoje ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, um requerimento para pedir a reabertura da ação do mensalão para incluir o petista entre os responsáveis. Mais uma vez, a base deste pedido é a delação premiada do senador Delcídio do Amaral. Ele afirmou à força-tarefa da Lava-Jato que o operador do mensalão, empresário Marcos Valério, tinha acesso direto ao ex-presidente.
O Ministério Público Federal entrega amanhã mais de 2 milhões de assinaturas de apoio às 10 medidas propostas pelo órgão para aumentar o combate à corrupção e reduzir a impunidade histórica no Brasil, principamente em relação aos crimes de colarinho branco. Em solenidade pública, às 14h, no auditório da Procuradoria-Geral da República, as fichas assinadas serão ;devolvidas de forma simbólica à sociedade civil;. Depois, haverá uma caminhada até o Congresso Nacional.