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Pedido de impeachment da OAB é marcado por tumulto na Câmara

O salão verde da Câmara, por onde a comitiva pretendia passar até o local onde seria feito o registro, virou o palco de uma troca de insultos entre os dois grupos

postado em 28/03/2016 18:20
O salão verde da Câmara, por onde a comitiva pretendia passar até o local onde seria feito o registro, virou o palco de uma troca de insultos entre os dois grupos

A entrega do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, protocolado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nesta segunda-feira (28/3), foi marcada por um verdadeiro confronto entre partidários da presidente e defensores do impedimento. O Salão Verde da Câmara, por onde a comitiva pretendia passar até o local onde seria feito o registro, virou o palco de uma troca de insultos entre os dois grupos.

Dessa forma, o presidente da OAB, Claudio Lamachia, responsável pelo pedido, cortou caminho pelas escadas e foi pessoalmente, sob forte escolta e protestos, até o protocolo-geral da mesa. Na saída, pregou rapidez no processo de impeachment e pediu serenidade aos brasileiros ao mesmo tempo que criticou os protestos contra o impeachment.

;A sociedade espera celeridade na apuração de todos esses casos. Esperamos serenidade, que as pessoas tenham calma e que esse ódio que está instalado diminua. Não podemos colocar uma classe contra a outra;, afirmou. ;Vivemos em um estado democrático de direito e a democracia tem que ser respeitada;, prosseguiu.

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Os dois lados entoaram o tempo todo cantos criticando as posições alheias. De um lado, a OAB, que pela manhã tinha dito que não iria fazer nenhum ato na entrega do pedido, levou cerca de 100 manifestantes para o Congresso, na contagem dos presentes. Eles entoaram cantos como ;Lula ladrão;, ;Ô, o PT roubou; e ;A nossa bandeira jamais será vermelha;.

O presidente da ordem avaliou que essa presença maciça de advogados era uma mostra da democracia na ordem. ;A democracia está se manifestando aqui hoje a partir da presença maciça da advocacia brasileira;, disse.

Do outro lado, houve o lançamento de um movimento chamado ;Comitê Pró-Democracia;, contrário ao impeachment e que conta com funcionários da câmara, parlamentares e representantes da sociedade civil. Eles cantavam: ;A verdade é dura, a OAB apoiou a ditadura;, ;Golpistas, não passarão;, ;Cunha ladrão; e ;Não vai ter golpe;, entre outros. O único momento que os grupos cantaram em uníssono foi com o hino nacional.

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Presente no lançamento do grupo, o deputado federal petista Wadih Damous (PT-RJ) criticou a tramitação do impechment, classificado pelo grupo como ;golpe; na democracia. ;Se tiver golpe ele não vai para frente. O mandato vai até a data prevista na Constituição;, disse. O lançamento ocorreu próximo ao corredor das comissões na Câmara dos Deputados reuniu cerca de 100 pessoas com flores nas mãos aos gritos de ;não vai ter golpe;. O grupo seguiu para o salão verde e, no primeiro momento, foi barrado pela Polícia Legislativa que, na sequência, liberou a passagem dos manifestantes.

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