Politica

Governadores ameaçam decretar estado de calamidade por falta de recursos

Evitados pelo presidente Michel Temer ontem, governadores das regiões Norte e Nordeste reclamam que não terão recursos sequer para pagar os servidores. Rollemberg afirma que não é momento para reajustar salários do Judiciário

postado em 14/09/2016 06:10
Reunião com a presidente do STF, na manhã de ontem, durou mais de 5 horas. Cármen Lúcia diz que fará encontros a cada 60 dias

Governadores de pelo menos 14 estados ameaçam decretar estado de calamidade pública por falta de recursos a partir da semana que vem, declarou o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), ao deixar reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Os líderes dos estados pedem R$ 7 bilhões do Fundo de Participação dos Estados (FPE) como forma de auxílio emergencial.

Segundo o governador do Piauí, estados das regiões Norte e Nordeste pediram uma reunião com o presidente Michel Temer para informá-lo da situação caótica dos estados, mas não obtiveram retorno. ;Corremos o risco de atrasar folha de pagamento e cair no crime de responsabilidade fiscal;, disse Wellington Dias. O piauiense afirmou que, no entanto, o ministro Meirelles não tem proposta para atender as demandas. ;Ficará um ambiente ruim para o país;, disse.

O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, afirmou que o problema vai além dos atrasos das folhas de pagamento. ;Tínhamos dinheiro até agosto, mas vai começar a atrasar pagamento de fornecedor, inclusive da saúde;. Coutinho acrescenta ainda que, sem o auxílio, o trabalho feito pelos governadores corre o risco de ser perdido. ;Precisamos de um fôlego para não desorganizar;.

Em princípio, todos os estados do Norte e Nordeste, com exceção do Maranhão e Ceará, apresentarão a nota de calamidade pública nos próximos dias. Mas, de acordo com Wellington Dias, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal devem aderir ao movimento. Participaram da reunião com o ministro Meirelles 17 governadores.

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