Politica

Renan: reunião com Temer e Cármen Lúcia definirá 'contornos da democracia'

Peemedebista tem feito duras críticas aos limites do Poder Judiciário, após a decisão do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, na última sexta-feira (21/10), de autorizar buscas e apreensões no Senado

Paulo de Tarso Lyra
postado em 25/10/2016 18:33

Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) que chamou o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira de juizeco

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou que o encontro marcado para esta quarta-feira (26/10), com os presidentes dos demais poderes, Michel Temer (Executivo) e Cármen Lúcia (Judiciário) é muito importante para se definir os "contornos da democracia". Renan tem feito duras críticas aos limites do Poder Judiciário, após a decisão do juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, na última sexta-feira (21/10), de autorizar buscas e apreensões no Senado e a prisão de quatro policiais legislativos.

"Toda vez que um juiz de primeira instância usurpa as competências do Supremo Tribunal Federal (STF), abre-se uma possibilidade de crise. Não podemos deixar que o país caia em uma crise institucional", disse.

O peemedebista afirmou que concorda com as palavras ditas nesta terça-feira (25/10) pela ministra Cármen Lúcia, que disse que críticas destinadas a juízes também acabam sendo destinadas a ela. "A ministra Cármen Lúcia, como presidente do Supremo Tribunal Federal se portou exatamente como eu na qualidade de presidente do Senado Federal", completou.

Renan também disse que a conversa desta quarta-feira é importante, inclusive, para a manutenção do cronograma de votações das matérias que interessam ao governo no Senado. O peemedebista não acha que tenha exagerado ao chamar o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira - que autorizou a ação da Polícia Federal na semana passada - de "juizeco". "Enquanto qualquer juiz estiver usurpando as competências do Supremo Tribunal Federal não merece ser chamado no aumentativo".

Por fim, Renan deixou claro que, dificilmente, participará de um evento na sexta-feira, no Palácio do Planalto, no qual será lançado o Plano Nacional de Segurança. "Eu terei muitas dificuldades de participar de um evento ao lado do Ministro da Justiça [Alexandre de Moraes]", a quem Renan chamou de "chefete de polícia".

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