Patrícia Rodrigues - Especial para o Correio
postado em 06/12/2016 11:22
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) recorreu sobre a decisão do ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, de afastá-lo da presidência do Senado Federal, antes mesmo de ser notificado. Um oficial de justiça foi à casa do peemedebista na noite de ontem, mas não foi recebido. A expectativa agora é de que o senador receba a notificação a partir das 11h de hoje.
No entanto, 1h de ser notificado sobre o afastamento, Renan recorreu à Suprema Corte. ;Pelo exposto, requer a reconsideração da decisão que deferiu a liminar, ou, caso Vossa Excelência assim não entenda, seja o presente recebido como agravo regimental, nos termos do art. 317 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, levando-o a imediato julgamento do Plenário, a fim de evitar dano irreparável e grave lesão, para que a decisão impugnada seja reformada, pelas razões acima apontadas", diz o texto.
No início da manhã, a presidente do STF esteve reunida com jornalistas e afirmou que deseja pautar o caso com ;urgência;. Antes de saber do recurso de Renan, a ministra havia dito que a situação dependia do recebimento do recurso pelo ministro Marco Aurélio e se ele o levaria para ser votado em plenário.
A ministra ressalta que a decisão do ministro Marco Aurélio não tem relação com as manifestações do último domingo, em que milhares de pessoas foram às ruas pedir a saída de Calheiros. ;Marco Aurélio não faz as coisas desse jeito (por pressão popular). O STF toma decisões impopulares às vezes;, explicou. A presidente do STF não espera uma retalhação por parte do Congresso Nacional. ;Não acho que as pessoas que estão lá façam as coisas desse jeito;, finalizou.