Politica

Temer nega desunião da base; impopularidade ajuda a "tomar medidas"

O presidente ainda reforçou o apoio dado pelo PSDB, fiel da balança, e pelo PSB ao Planalto

Denise Rothenburg, Julia Chaib
postado em 22/12/2016 12:47
Temer:
O presidente Michel Temer negou nesta quinta-feira (22/12) que a base no Congresso Nacional esteja desunida e que o governo tenha sido derrotado na aprovação do projeto de renegociação da dívida dos estados sem as contrapartidas. Temer ainda reforçou o apoio dado pelo PSDB, fiel da balança, e pelo PSB ao Planalto.

As contrapartidas haviam sido negociadas pelo governo no projeto, e foram retiradas pelos deputados. Além disso, partidos da base tem criticado o governo. O próprio PSB, tem ameaçado deixar a base. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse nesta semana que a tendência do partido é pela saída do governo. Temer classificou a declaração como "natural" em um país com 35 partidos.

"É natural que os partidos tenham uma ou outra afirmação transitória. No caso do PSB, é interessante, embora haja manifestações dizendo ;a quero sair do governo;, não chegou a mim, especialmente. Nas decisões do Congresso, ressalvada esta última, o PSB quanto o PSDB deram um número muito significativo de votos. Então, não sei se essas manifestações têm impacto sobre a bancada", disse o presidente.

[SAIBAMAIS]"Nós que passamos quatro anos no Parlamento, sabemos que é uma palavra aqui ou acolá, o que importa é saber se ao longo do período legislativo, o governo ganha ou perde. Essa é a grande realidade", continuou. Temer deu as declarações em café da manhã com jornalistas no Palácio da Alvorada.

Sobre a perda na votação do projeto sobre negociação da dívida, Temer disse que está se fazendo uma "tempestade em copo d; água". "O governo não perdeu coisa nenhuma. O governo propôs a história da recuperação fiscal e ela foi aprovada.

Popularidade

Com índices negativos de avaliação pela população, Temer afirmou que a baixa popularidade "permite tomar medidas"."Dizem que há impopularidade. Se me incomoda? Digamos que é desagradável. Mas não me incomoda para governar. Alguém disse: ;a popularidade é uma jaula. Aproveitem a baixa popularidade para fazer o que o Brasil precisa;. Na frente, haverá reconhecimento. A verdade virá", ressaltou.

Temer comentou a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de que o governo atual é uma "pinguela". "No fundo, ele quis dizer que é uma pinguela que precisamos sustentar", disse. Em seguida, o presidente contou que atravessava pinguelas quando ia para a escola quando era criança. "E eu nunca cai delas."

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