Politica

PRB defende que governo reinicie discussão sobre a reforma da Previdência

Lincon admite que nem as mudanças feitas até o momento no texto original são suficientes para a aprovação da matéria

Paulo de Tarso Lyra
postado em 26/04/2017 16:18

O deputado federal Lincon Portela (PRB-MG) afirmou que o governo deveria pegar o texto da reforma da previdência e devolvê-lo ao planalto para discussão com os diversos ministérios e as entidades da sociedade civil. Para ele, do jeito que está hoje, o texto não passa no plenário. ;Existe uma regra básica em administração de que para que uma ideia prospere é preciso conscientização, organização e mobilização, e o governo misturou isso tudo em uma salada na Comissão Especial de Reforma da Previdência;, disse.

Lincon admite que nem as mudanças feitas até o momento no texto original, que excluíram da reforma diversas categorias, são suficientes para a aprovação da matéria. ;Não adianta você soltar um porco na rua cheio de gordura e depois tirar essas gorduras. Ele vai continuar sendo um porco;, comparou o deputado mineiro.

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[SAIBAMAIS]Mais cedo, o deputado federal Ricardo Tripoli, líder do PSDB na Câmara dos Deputados, defendeu que a PEC da reforma da Previdência só seja colocada em votação no plenário da Casa no final de maio. Ele até considera possível que o texto seja votado na comissão especial na próxima semana como previsto pelo governo. ;Mas ainda há uma série de negociações e de conversas das lideranças com as bancadas para que o texto fique redondo e seja votado no plenário;, defendeu Tripoli.

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O governo reconhece que ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar o texto no plenário. O Solidariedade, partido do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), por exemplo, condiciona o apoio à reforma a retirada da inscrição do imposto sindical proposto na reforma trabalhista, que está sendo votada agora na Câmara. ;Não dá para extinguir o imposto sindical que arrecada R$ 3 bilhões de reais por ano e manter os impostos dos sindicatos patronais. O sistema S, que arrecada R$ 22 bilhões, não está sendo alterado nesta reforma;, justificou Paulinho.


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