Politica

Após condenação de Lula, manifestantes fazem festa em frente ao STF

Cerca de 50 pessoas se concentram na Praça dos Três Poderes com bandeiras, cartazes e confete para celebrar a condenação do ex-presidente, a 12 anos e 1 mês de prisão

Vera Batista
postado em 24/01/2018 18:48
Manifestação Praça dos Três Poderes
Cerca de 50 pessoas se concentram em frente ao supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (24/1) em um protesto que comemora a derrota do ex-presidente Lula no Tribunal Regional Federal (TRF-4), em Porto Agre. Até a última atualização desta reportagem, não havia registro de confusão.
A manifestação foi organizada pelo Bloco Movimento Brasil. O líder do movimento, Marcos Portal, diz que não houve surpresa na decisão. "O resultado era o esperado por todos nós. Queremos que a justiça seja feita. Essa é a prova de que juiz tem que ser concursado e não indicado como no STF. Senão fica sempre devendo favor", argumentou.

Com baterias, manifestantes contrários ao petista, condenado a 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado, fazem festa na Praça dos Três Poderes. A Policia Militar do Distrito Federal organiza o trânsito. Em apoio aos cerca de 50 manifestantes, que carregam bandeiras do Brasil e gritam palavras de ordem como "Lula ladrão, seu lugar é na prisão", motoristas de carros e ônibus promovem um buzinaço na região.
No Conic, um outro grupo se concentrou nesta quarta-feira para apoiar o ex-presidente. Segundo a PMDF, cerca de 100 pessoas marcaram presença na manifestação, a maioria integrante do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), por volta das 14h20.
A pena de 12 anos e 1 mês do ex-presidente é a somatória de oito anos e quatro meses por corrupção, e três anos e nove meses por lavagem de dinheiro, ambos referentes ao apartamento no Guarujá. Lula só foi absolvido no processo de lavagem de dinheiro no caso do armazenamento do acervo presidencial. "Há prova acima do razoável de que o tríplex estava destinado ao presidente como vantagem indevida", disse Gebran Neto. O relator comparou como se a OAS fosse um laranja de Lula no apartamento. "Houve crime de lavagem pela ocultação do verdadeiro destinatário do apartamento e também em relação às reformas e benfeitorias", explicou.
Houve, também, protestos em outras regiões do Brasil, durante todo o dia, de grupos pró e contra Lula. Em Salvador, Integrantes de movimentos sociais, sindicalistas e simpatizantes do ex-presidente chegaram a bloquear a avenida que liga o Aeroporto Deputado Luís Eduardo ao resto da capital baiana. Devido ao grande fluxo de carros que se formou, a Polícia Militar teve de ser chamada para evitar conflitos.
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Atrasados para embarcar, alguns passageiros tiveram que seguir a pé até o aeroporto. Após liberarem o acesso, os manifestantes seguiram em caminhada até a Câmara Municipal de Lauro de Freitas, onde de acordo com a PM, o ato foi encerrado.

Em Porto Alegre, onde aconteceu o julgamento, a Brigada Militar abordou uma embarcação nas águas do Rio Guaíba, que estava no perímetro delimitado pelas autoridades para o acompanhamento de movimentos sociais que defendem Lula. Dentro barco, um boneco do petista foi inflado por manifestantes que pedem a prisão do condenado.

Em Recife, capital de Pernambuco, também houve atos de apoio ao ex-presidente, bem como em Petrolina, Garanhuns e Caruaru. Na capital pernambucana, integrantes da Frente Brasil Popular, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outros movimentos sociais se reuniram na Praça Tiradentes, de onde acompanharam a transmissão do julgamento do recurso por meio de um telão instalado no local. Não houve registro de tumulto.

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