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"Não vamos lançar nenhuma candidatura ligada a Temer", diz líder do DEM

Senador Ronaldo Caiado participou do programa CB.Poder nesta quarta-feira, um dia antes da convenção de seu partido, que deve confirmar a pré-candidatura de Rodrigo Maia ao Planalto

Letícia Cotta*
postado em 07/03/2018 18:22
Líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO)

O senador Ronaldo Caiado (DEM), afirmou, em entrevista ao CB.Poder ; uma parceria do Correio com a TV Brasília ;, que o candidato do partido Democratas precisa se distanciar de projetos do governo Temer. "Não vamos lançar nenhuma candidatura vinculada ao presidente Michel Temer, e muito menos, com a obrigação de fazer a defesa do governo", disse.
Caiado, que é líder do Democratas no Senado, também assegurou que o lançamento de seu candidato será feito nesta quinta-feira (8/3), junto às propostas. "Será um candidato do Democratas, com um programa do Democratas e, ao mesmo tempo, com uma perspectiva de futuro", afirma. O senador confirmou o deputado Rodrigo Maia (DEM) como candidato.
Questionado sobre o distanciamento e a possibilidade de ser uma questão eleitoral ou de discordância entre governo e partido, Caiado apenas argumentou na entrevista que o impeachment não foi a favor de Michel Temer, apesar da consciência dele ter sido vice da ex-presidente Dilma Rousseff. "Não foi o Congresso que caçou, foi a sociedade brasileira que forçou o Congresso a caminhar para um processo de cassação, tamanha a reação da sociedade ao governo do PT e da Dilma. Quem ocupa é o Michel Temer. Minha discordância é que o presidente deixou de cumprir a pauta das ruas", opina.
O senador também acredita que houve uma impressão de repetição das pautas praticadas durante o governo petista, como não fazer o corte do maquinário público. "Ele resolveu repetir uma pauta que muitas vezes havia sido praticada pelo governo do PT", completa. "Nós não tivemos a diminuição, como era o clamor da sociedade, para 12 ou 15 ministérios, continuamos com essa farra de ministérios com 30 e tantos. O segundo ponto é, quando você tem um país com 14 milhões de desempregados, não é justo dar aumento salarial para uma classe que já tem direito constitucional de ter a prerrogativa de ter o seu emprego, que foi feito ao Judiciário", critica.

Confira a entrevista na íntegra:

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*Estagiária supervisionada por Ana Letícia Leão.

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