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Quem é João de Deus

postado em 23/05/2010 09:05

Nascido em Cachoeira de Goiás, no dia 24 de junho de 1942, João Teixeira de Faria teve de trabalhar desde cedo para ajudar a família. Foi pedreiro, oleiro, cisterneiro, tintureiro, garimpeiro e alfaiate. Analfabeto, aprendeu há três anos a preencher um cheque. Quando tinha apenas nove anos, experimentou a primeira manifestação de mediunidade, mesmo sem ter qualquer ligação com o espiritismo e ser católico.

Aos 16, realizou a primeira cirurgia espiritual. De lá para cá, João trabalhou e morou em diversos estados do país até fixar os atendimentos num só espaço, batizado de Casa de Dom Inácio. A homenagem ao santo Dom Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, tem uma segunda razão. João incorporou essa entidade quando realizou o primeiro trabalho em Abadiânia: um parto. Conhecido pela alcunha de João de Deus, ou John of God, ele é considerado o mais importante médium em atuação no país e já perdeu a conta de quantos pacientes atendeu. Mas sabe que foram milhões em mais de 30 anos de atendimentos na Casa e em viagens realizadas no Brasil e fora.

Pai de nove filhos e dono de quatro fazendas no interior de Goiás, João não mistura os assuntos. De poucas palavras, deixa a vida particular de fora. Numa entrevista exclusiva à Revista, na Casa de Dom Inácio, o médium falou sobre como tudo começou, sua relação com Chico Xavier, fé, descrença e a possibilidade de assistirmos no cinema à história de João de Deus.

Quando o senhor descobriu o seu dom?
Toda vida fui devoto de Santa Rita de Cássia. Com nove anos, saí com minha mãe de Itapaci (GO) para o povoado de Ponte Nova. Logo que cheguei na metade da estrada olhei para o céu (estava limpo), falei que ia chover e puxando minha mãe, disse que as casas iam cair. De um patrimônio de cento e poucas casas, caíram 40 e poucas. Depois, começou. Isso não tem professor, isto é um poder de Deus.

Como era sua relação com Chico Xavier?
Eu tenho muito respeito pelo Chico, o Chico é o Papa do Espiritismo. Quando eu falei que ia sair de Abadiânia, ele pediu para eu não sair daqui. Ele mesmo escreveu para eu não sair do santuário de Abadiânia.

Como o senhor consegue administrar o tempo para a Casa de Dom Inácio, para suas fazendas e sua família?
Isto é fácil, é só você aprender a dividir e tomar conta de tudo. Os três dias, eu tiro para minha missão (na Casa), os outros quatro dias eu tiro para o meu trabalho. É saber dividir e não misturar.


Leia a íntegra da entrevista na da Revista

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