Revista

A negação do vício

O fato de ser uma droga socialmente aceita dificulta combate ao álcool

postado em 10/09/2010 19:34

O alcoolismo é uma doença de fases. Os que são acometidos por ela não tem um padrão de consumo: beber muito não significa, necessariamente, ter dependência, mesmo que, na maioria dos casos, esse seja o padrão. Para Sônia Mochiutti, gerente do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Guará, existem comportamentos que podem denotar o início de um quadro patológico.

"Há os casos daqueles que não conseguem dormir sem tomar uma dose de uísque. Ou aquelas mães introspectivas e irritadas que parecem ficar mais felizes quando estão bebendo." A aceitação social do álcool faz com que essas atitudes não sejam interpretadas como vício.

E, mais que isso, dão a falsa ideia de que somente aqueles que tem comportamentos vexatórios por conta da bebida podem ser considerados dependentes. "As famílias acabam achando normal a mulher beber e isso se torna um complicador do alcoolismo. Até ela ter consciencia dos prejuízos que a doença traz na sua vida, pode levar muito tempo", afirma Sônia.

SERVIÇO
Se você precisa de orientação sobre o problema ou quer ajudar algum parente, procure as instituições responsáveis:

>> Alcoólicos Anônimos: existem vários grupos no Distrito Federal. Para saber qual o mais próximo da sua casa, o telefone da sede é o (61) 3226-0091.

>> Caps Guará: o centro é especializado no tratamento de dependentes químicos, inclusive álcool. O telefone é o (61) 3381-6957.

Leia mais sobre alcoolismo entre mulheres na edição 278 da Revista do Correio.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação